
por Redação PerifaCon
Resenha – “O olho do mundo”, primeiro livro da série A Roda do Tempo
O olho do mundo é o primeiro livro de uma saga de quatorze que compõem o universo de a “A roda do tempo”, do escritor Robert Jordan, nele somos apresentados a um grupo de jovens de um pequeno vilarejo chamado Campo de Emond na região de Dois Rios, no reino de Andor, esses jovens são: […]

O olho do mundo é o primeiro livro de uma saga de quatorze que compõem o universo de a “A roda do tempo”, do escritor Robert Jordan, nele somos apresentados a um grupo de jovens de um pequeno vilarejo chamado Campo de Emond na região de Dois Rios, no reino de Andor, esses jovens são:
al’Thor, Rand: Jovem fazendeiro e pastor dos Dois Rios.
- Cauthon, Matrim (Mat): Jovem fazendeiro dos Dois Rios.
- Aybara, Perrin: Jovem aprendiz de ferreiro em Campo de Emond.
- al’Vere, Egwene: Filha mais nova do estalajadeiro de Campo de Emond.
- al’Meara, Nynaeve: A Sabedoria de Campo de Emond.
Sendo o primeiro livro da saga, em suas 800 páginas, somos introduzidos ao universo, e Robert faz isso de forma bastante detalhada, o que talvez pelo tamanho do mundo criado em determinado momento possa soar um pouco cansativo, mas ele faz com tanta maestria, que quase faz com que o leitor se sinta parte da história.
A aldeia ficava perto da Floresta do Oeste, a mata aos poucos rareando até as últimas árvores se erguerem já entre as casas baixas e sólidas. A terra se inclinava suavemente, descendo na direção do leste. Embora houvesse trechos de mata, fazendas e campos e pastos demarcados por cercas vivas cobriam a terra como uma colcha de retalhos além da aldeia até a Floresta das Águas e seu emaranhado de riachos e lagoas. A terra que se estendia para oeste era igualmente fértil, e os pastos ali vicejavam quase todos os anos, mas havia apenas um punhado de fazendas na Floresta do Oeste. Mesmo essas poucas desapareciam completamente a milhas das Colinas de Areia, para não mencionar as Montanhas da Névoa, que se elevavam acima das copas das árvores da Floresta do Oeste, distantes, mas perfeitamente visíveis de Campo de Emond. Uns diziam que a terra era rochosa demais, como se não houvesse rochas por toda parte nos Dois Rios, e outros diziam que a terra trazia má sorte. Uns poucos resmungavam que não havia por que se aproximar das montanhas mais do que o necessário. Fossem quais fossem as razões, apenas os homens mais corajosos cultivavam a terra na Floresta do Oeste. (JORDAN, 1990, cap. 01)
Após trágicos acontecimentos no vilarejo, descobrimos que os jovens que nós foram apresentados tem algo de especial, eles fazem parte do que o autor chama de “o padrão”, e logo eles partem para a aventura de suas vidas, acompanhados por:
- Moiraine: Viajante em visita a Campo de Emond, chega pouco antes da Noite Invernal
- Lan; al’Lan Mandragoran: Guerreiro do norte. Acompanha Moiraine.
- Merrilin, Thom: Um menestrel que vai a Campo de Emond se apresentar no Bel Tine.
Ao longo das aventuras do grupo, o Jordan percorre toda a jornada do herói, nossos protagonistas percorrem o continente enquanto fogem de monstros que até então eram mitológicos, vão descobrindo seus respectivos potenciais e ganhando certas habilidades, e de formas mirabolantes, sempre escapam de situações e monstros que por mais poderosos que sejam quando apresentados, nunca conseguem detê-los, para justificar isso, somos informados que alguns membros do grupo são “ta’veren”
— Sim, bem. Não exatamente. Sabe, a Roda do Tempo tece o Padrão das Eras, e os fios que ela utiliza são vidas. Não é fixo, o Padrão. Nem sempre. Se um homem tenta mudar a direção de sua vida, e o Padrão tem espaço para isso, a Roda simplesmente tece e acomoda isso. Sempre existe espaço para pequenas mudanças, mas às vezes o Padrão simplesmente não aceita uma mudança grande, não importa o quanto você tente. Entende?. (JORDAN, 1990, cap. 36)
— Sim, é isso mesmo. Mas às vezes a mudança escolhe você, ou a Roda escolhe a mudança para você. E às vezes a Roda dobra um fio de vida, ou vários fios, de forma tal que todos os fios em volta são forçados a girar em torno deles, e os segundos forçam outros fios, que por sua vez forçam mais outros, e assim por diante. Aquela primeira dobra para compor a Teia, isso é ta’veren, e não há nada que você possa fazer para mudá-la, não até que o próprio Padrão mude. A Teia, ta’maral’ailen, como ela é chamada, pode durar semanas, ou anos. Pode envolver uma cidade, ou até mesmo todo o Padrão. Artur Asa-de-gavião era ta’veren. Lews Therin Fratricida também era, suponho. — Ele soltou uma risadinha retumbante. — O Ancião Haman teria orgulho de mim. Ele não parava de falar, e, apesar de os livros sobre viagens serem muito mais interessantes, eu escutava às vezes. (JORDAN, 1990, cap. 36)
Simplificando:
ta’veren: Pessoa em torno da qual a Roda do Tempo tece todos os fios de vida próximos, ou até mesmo todos os fios de todas as vidas, para formar uma Teia do Destino.
Com um poder como esse, certamente nossos heróis terão sucesso em sua missão, mas ainda assim, os desafios que eles acabam enfrentando nos instigam a querer ler mais e mais, até que o livro finalmente acabe.
De maneira geral, o livro afoga o leitor no universo fantasiosos, mas por vezes se mostra meio arrastado ao dar detalhar de mais, voltas de mais, e quando chegamos na épica batalha final, ela dura apenas 3 dos 53 capítulos, deixando a impressão de que faltou detalhes, comparado ao mar de informação que nos foi passado anteriormente.
Tempo de leitura: 8 semanas, média de aproximadamente 1 capítulo por dia.
Por Wesley Ferreira