Notícias 31 julho, 2022
por Redação PerifaCon

PerifaCon 2022: Painel da Nubank pensa em possíveis futuros com tecnologia

Diferentes possibilidades tecnológicas para a periferia foram discutidas no painel Durante a Perifacon 2022, a segunda edição da convenção nerd das favelas, vários paineis rolaram e um dos que mais impactou o público definitivamente foi o painel Arte, Território Digital, Futuro e Impacto, patrocinado pela Nubank. A apresentação foi por conta de Andreza Delgado, uma […]

 

Diferentes possibilidades tecnológicas para a periferia foram discutidas no painel

Durante a Perifacon 2022, a segunda edição da convenção nerd das favelas, vários paineis rolaram e um dos que mais impactou o público definitivamente foi o painel Arte, Território Digital, Futuro e Impacto, patrocinado pela Nubank.

A apresentação foi por conta de Andreza Delgado, uma das fundadoras da PerifaCon, que mediou um bate-papo sobre a tecnologia aplicada na construção de caminhos e fortalecimento de jornadas. Participaram do papo o artista digital Gean Guilherme, o ilustrador Juan Calvet, a diretora de arte Yvone Delpoio e a quadrinista Marília Marz.

Como uma das pautas levantada ao longo do painel foram a ascensão financeira e inserção da juventude preta e periférica no mercado, a própria PerifaCon serviu de exemplo como iniciativa potente que cresce com a força da internet e das mídias digitais (a ponto de Marília mencionar que teve sua vida transformada pela PerifaCon), fazendo com que Andreza não apenas mediasse a discussão mas também participasse de maneira ativa dos debates propostos. Quando dito, pela mediadora do painel, que a PerifaCon era vista como um espaço em que é permitido imaginar possíveis futuros, a discussão sobre presente e futuro se intensificou e rendeu falas interessantes, como essa de Gean:

Antes de pensarmos em futuro, é interessante que tenhamos um presente confortável para podermos pensar nesse futuro. Ás vezes a gente vê alguém falando que conquistou milhões depois de investir milhares. Fazer grana com grana é fácil, quero ver fazer grana sem nenhum centavo no bolso.

Gean ainda trouxe a perspectiva de que não apenas a periferia mas também vários ambientes que fujam das regiões cobertas pela mídias(como a Amazônia, que visitou recentemente) possuem em comum o ato de exigirem uma certa resistência de seu povo para que o mesmo prospere; e a tecnologia funciona como um facilitador nesse processo, complementou Marília:

O sentimento de revolta gera criatividade. E hoje a informação está tão fácil de ser acessada que essa revolta se potencializa com mais facilidade.

Ainda sobre a internet apresentar alternativas para que pessoas periféricas produzam, Calvet falou sobre como nem enxergava a possibilidade de ser artista porque em seus espaços (enquanto preto e periférico) isso não existia.

Foi só na internet vendo vídeos de pessoas desenhando de um jeito que eu sabia que conseguia “imitar” que eu enxerguei um caminho. A tecnologia diz “sim” quando a sociedade diz “não”.

Enquanto o painel acontecia, diversas salvas de palmas foram puxadas por uma plateia também composta por diversos jovens negros que fazem parte do público que a PerifaCon (e todas as iniciativas em que os participantes dos painéis estão envolvidos) pretende tocar. O painel, realizado em parceria com a Nubank, concluiu-se trazendo a ideia de que há muitas histórias a serem contadas e que quem as vivencia é que deve contá-las, além de valorizar o coletivo e celebrar a conquista de um como a de todos.

Quantos mais de nós estivermos alcançando nossos objetivos, mais de nós acreditarão que é possível. – disse Yvone.


O evento começou às 09h00 e irá até às 21:30. Os ingressos gratuitos estão disponíveis no Sympla

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