Notícias 27 junho, 2024
por Redação PerifaCon

Wagner Moura: celebrando a trajetória de um ícone do cinema brasileiro

O ator Wagner Moura completa 48 anos nesta quinta-feira (27/06), e ao longo de sua carreira, ele transformou boa parte de seus personagens em lendas.

 

Por Thayná Diaz 

Nascido em Rodelas, no interior da Bahia, Wagner Moura é reconhecido por seus papéis de grande simbolismo em produções nacionais e internacionais. Desde o icônico Capitão Nascimento até o infame Pablo Escobar, passando por suas atuações como diretor, ator e até cantor, é difícil destacar seus maiores feitos na indústria. Ele continua a surpreender o público com sua habilidade de transformar cada personagem em uma experiência única

A carreira de Wagner começou nos palcos teatrais de Salvador, onde atuou ao lado de outros grandes nomes como Lázaro Ramos e Vladimir Brichta. O trio se destacou na peça “A Máquina”, dirigida por João Falcão, e logo migrou para os centros culturais do Rio de Janeiro e São Paulo em busca de espaço na mídia brasileira. Com talento e sorte em sintonia, os três experimentaram a era de ouro do cinema brasileiro. 

Após alguns papéis em produções nacionais, Wagner alcançou grande destaque com “Tropa de Elite” (2007) e “Tropa de Elite II” (2010). Sua interpretação do Capitão Nascimento, um personagem complexo, marcante e polêmico, consolidou sua posição como um dos principais atores do Brasil. Além disso, o filme se tornou uma das principais obras do cinema nacional, quebrando recordes de bilheteria. Um fato interessante sobre a produção é que a preparadora corporal, Fátima Toledo, submeteu os atores a um treinamento imersivo junto aos policiais do BOPE. Durante esse processo, Wagner chegou a quebrar o nariz de um dos agentes da corporação. 

“Tropa de Elite” também recebeu o prêmio “Urso de Ouro” de Melhor Filme no Festival de Berlim, o prêmio máximo do festival, elevando ainda mais o reconhecimento internacional da obra. 

Mas não parou por aí. Após sua estreia na cena internacional com “Elysium” (2013), Wagner Moura ganhou projeção global ao interpretar Pablo Escobar na série “Narcos”, da Netflix. No processo de preparação para o personagem, ele ganhou 20 quilos para compor Pablo de forma mais realista, além de ter aprendido espanhol apenas três meses antes do início das gravações. 

Em 2019, ele estreou como diretor com o filme “Marighella”. O filme conta a história do comunista e guerrilheiro brasileiro Carlos Marighella e destaca o compromisso de Wagner com temas importantes. A produção enfrentou diversos desafios e demorou quase três anos para chegar ao cinema nacional por conta das diversas censuras sofridas. Uma curiosidade sobre o longa é que o primeiro ator escolhido para interpretar Marighella foi o rapper Mano Brown, que chegou a frequentar os ensaios, mas acabou não seguindo por conta de conflitos de agenda, dando espaço a Seu Jorge. 

Alice Braga, Fernanda Torres, Elisabeth Moss e Chris Evans são apenas alguns dos grandes nomes que já frequentaram os mesmos sets de gravação que Wagner. Já em 2024, ele nos presenteou com uma grande parceria entre Brasil e Hollywood. “Guerra Civil”, dirigido por Alex Garland, conta com Kirsten Dunst, conhecida por papéis como Mary Jane e Wagner que aqui interpreta Joel. O filme mostra – de forma complexa – através dos olhares de três jornalistas, como a polarização política pode desencadear uma guerra mortal. Mesmo com pouco tempo de lançamento, já se mostra como uma produção de sucesso. 

Neste aniversário, Wagner Moura não reflete só suas conquistas passadas, mas também olha para o futuro com novos projetos e desafios. O ator comemora seus 48 anos enquanto participa das gravações do novo filme de Kleber Mendonça, agora em Recife. Ele continua a trabalhar em filmes e séries que prometem impactar e entreter o público, mantendo sua posição como um dos artistas mais respeitados e admirados do Brasil.