
por Redação PerifaCon
Dia Internacional do Combate a LGBTfobia: Celebre personagens da comunidade LGBTQIA+ na cultura pop
Hoje é o Dia Internacional do Combate a LGBTfobia.
No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista da classificação internacional de doenças, declarando que relação homoafetiva não constitui doença ou distúrbio.
Desde então, a data foi usada para celebrar o Dia Internacional do Combate a LGBTfobia, transformando o feito em uma luta contra o preconceito e também de apoio aos direitos LGBTQIA+, respeito à diversidade e identidade de gênero.
Ao longo dos anos a cultura pop tem abraçado cada vez mais a comunidade LGBTQIA+, e personagens que fazem parte da sigla tem ganhado mais espaço na mídia, mostrando que somos feitos de diversidade e que merecemos ser representados nas mídias que consumimos.
Pensando nisso, selecionamos uma lista de alguns personagens importantes que fazem parte da comunidade LGBTQIA+.
Rosa Diaz (Brooklyn 99)

Rosa é uma das personagens mais amadas de Brooklyn 99 e a forma que sua bissexualidade foi revelada é considerada um dos melhores momentos de representação LGBTQIA+ na televisão. A personagem se revelou bi no episódio Game Night, 10º episódio da 5º temporada da série. Durante uma conversa na delegacia, Rose acaba se assumindo como uma pessoa bissexual para seus amigos. Apesar dos amigos aceitarem de boa, a grande questão é como ela irá se assumir para os pais, que estavam sendo interpretados por Danny Trejo e Olga Merediz.
Arlequina (DC Comics)

Arlequina é uma das personagens mais icônicas da DC e com certeza uma das favoritas dos fãs. Ao longo de muitos anos a personagem teve um relacionamento com o Coringa, uma relação extremamente tóxica e doentia. Após o termino com Coringa, Harley descobre sua bissexualidade e se apaixona por Hera Venenosa, sua até então parceira de crime e membro das Sereias de Gotham, equipe formada por elas junto com a Mulher-Gato.
Ele (As Meninas Superpoderosas)

Quem não lembra dELE? O vilão das Meninas Superpoderosas sempre foi uma presença forte na animação. Com garras, orelhas pontudas, pele vermelha, maquiagem, salto alto e até uma roupa de ballet, o vilão é considerado um símbolo queer. O personagem possui uma dublagem muito boa, e aqui no Brasil ele foi dublado pelo Guilherme Briggs, que conseguiu fazer uma voz maravilhosa para o personagem.
Jules (Euphoria)

Jules é uma das protagonistas de Euphoria, uma das melhores séries da atualidade. Interpretada por Hunter Schafer, que também é uma mulher trans, a personagem tem um relacionamento com a Rue, interpretada por Zendaya. Jules se mostrou ser uma personagem que conversa bastante com a juventude, principalmente por ser uma garota trans que se redescobre cada vez mais.
Dreamer (DC Comics)

Dreamer foi a primeira super-heroína trans da TV e teve sua estreia em Supergirl, série da CW. Interpretada por Nicole Maines, a personagem é descendente da Dream Girl, da Legião dos Super-heróis. Dreamer pode prever acontecimentos futuros e fazer projeção astral. Na série ela se torna uma grande aliada da Supergirl e também já levantou questionamentos sobre a violência contra a população trans.
Aqualad (DC Comics)

Aqualad é um personagem bastante popular na DC, mas foi na série animada da Justiça Jovem que o público soube que o personagem é gay. Kaldur teve sua primeira aparição nos quadrinhos em 2010 e desde lá ele já era um personagem gay. Já na animação, ele tem um relacionamento com Wyynde, que foi apresentado nos quadrinhos dos anos 80 mas ganhou uma reformulação na fase Renascimento e também na série animada.
Viktor Hargreaves (The Umbrella Academy)

Mesmo sem ter sido apresentado oficialmente na série, Viktor Hargreaves terá sua estreia na 3ª temporada de The Umbrella Academy. O personagem será interpretado por Elliot Page, ator que na mesma série interpretava Vanya Hargreeves. A mudança vem devido Elliot Page ter se assumido um homem trans em 2020. O ator já divulgou imagens oficiais de seu novo personagem na série, que assim como na vida real, também se assumirá um homem trans.
Darryl Whitefeather (Crazy Ex-Girlfriend)

Darryl é um personagem querido de Crazy Ex-Girlfriend, uma série de musical e comédia que trata de assuntos bem interessantes. A série mostrou a jornada de Darryl como um homem bissexual, que passou por muitos anos se entendendo como um homem hétero.
Um dos melhores momentos da série é quando o personagem canta a música Gettin’ Bi, onde ele assume de vez a sua bissexualidade de uma forma divertida e encantadora.
Garnet (Steven Universo)

Celebrar Garnet, a crystal gem favorita de quase todo mundo, é celebrar um casal sáfico.
“Sou sua fúria, sua paciência, eu sou uma conversa” é um trecho da música “É Mais Forte que Você”, que Garnet canta no episódio final da primeira temporada de Steven Universo ao revelar que, em suas próprias palavras, é feita de amor. Isso acontece porque a personagem é, na verdade, uma fusão de duas outras – as pedras Rubi e Safira que ignoraram as normas de sua sociedade e fugiram de seu planeta natal para se tornar uma representação física de seu amor – é assim que surge a Garnet, mesclando a força e coragem de Rubi ao dom de paciência e reflexão de Safira.
Praticamente todos os personagens de Steven Universo são representações LGBTQIA+, usar pedras alienígenas que teoricamente não possuem gênero se apaixonando entre si foi a estratégia de gênio que a criadora Rebecca Sugar usou para encher a série do Cartoon Network de representatividade queer. E Garnet é, entre todas, a retratada com maior carinho e respeito, sendo sempre uma figura que aconselha o jovem Steven e serve de símbolo de uma relação estável e duradoura entre duas pedras gays que se amam.
Rick Sanchez (Rick e Morty)

O cientista megalomaníaco e super inteligente de Rick and Morty justifica sua panssexualidade da mesma forma que vampiros e piratas facilmente justificam as deles – é impossível viver tanto, ir pra tantos lugares, passar por tantas aventuras e AINDA ASSIM se colocar dentro da caixinha de hétero, né?
E se não fosse só por seguir essa lógica, ainda temos confirmações visuais de que Rick é pan com o episódio “Assimilação auto-erótica” da segunda temporada que apresenta a personagem Unity, ex de Rick que é uma entidade de mente coletiva alienígena que pode assumir a forma de diferentes espécies, raças e gêneros. E usa todas para seduzir o nosso amado Rick Sanchez.
E isso sem contar que na quarta temporada Rick revela que teve um envolvimento amoroso com Gaia, nada mais nada menos que um planeta.
Então, sim, Rick Sanchez é pansexual. Fica tranquileba quanto a isso.
Todd Chavez (Bojack Horseman)

Raphael Bob-Waksberg, criador da série Bojack Horseman, merece todas as palmas possíveis por Todd – não apenas o primeiro personagem assexual com o qual muitas pessoas tiveram contato mas também com uma escrita sensível e muito responsável para retratar os dilemas de Todd (brilhantemente dublado por Aaron Paul, originalmente, e por Guto Nejaim na versão brasileira).
Todd passa por diversos dilemas típicos de pessoas que estão em processo de descoberta de sua sexualidade, desde namorar com alguém que não compreende sua orientação, até a se relacionar com alguém cuja única semelhança é a orientação sexual (como acontece com Yolanda, uma axolote rosa com quem ele sai por uns episódios). O mais legal desses arcos narrativos de Todd é que nunca nada é retratado como uma fase ou um ‘momento’, sempre é dada a devida importância aos dilemas que o personagem enfrenta e por isso a representação assexal em Bojack Horseman é tão elogiada e valorizada, tanto dentro quanto fora da comunidade.