por Redação PerifaCon
‘A Pequena Sereia’ mais uma vez veio ajudar a Disney a entrar nos trilhos
Live-action da Pequena Sereia vai fazer você querer fazer parte do mundo dela
A versão em desenho de A Pequena Sereia estreou no final de 1989 e teve um papel fundamental para a Disney. Após anos de filmes que não foram bem na bilheteria, o filme iniciou aquela que talvez seja a fase mais popular e com o maior número de clássicos: A Renascença do estúdio. E provavelmente o live-action tenha o mesmo efeito.
Anunciado em 2016, com elenco divulgado em 2019 e com vários atrasos na produção devido a pandemia de COVID-19, finalmente, irá estrear no cinema a versão de carne e osso (e escamas!) da história de Ariel. O filme que foi muito julgado por alguns pela mudança de etnia daquela que seja a ruiva mais famosa dos desenhos já veio sendo um dos, se não o melhor, live-action da Disney. Mantendo a premissa original, a história de uma sereia que quer ser humana, o filme aprofunda seus personagens e faz com que o conto de fadas fique ainda mais rico. Os efeitos são um plus e, contrariando os haters, o fundo do mar é colorido e cheio de vida. Mesmo os animais, que têm um designer mais realista conseguem transmitir emoções, algo que ficou faltando e foi muito criticado em O Rei Leão de 2019.
Halle Bailey foi sem dúvidas a melhor escolha para viver Ariel, ela traz todas as características que amamos na sereia, da curiosidade à rebeldia, trazendo até no olhar o espírito da personagem que encanta o mundo há 4 décadas. Precisamos também falar da voz de Bailey, digna de fato dos maiores contos de sereias, as emoções que ela traz para sua versão de Part of Your World fez muitas pessoas chorarem. Melissa McCarthy que aqui encarna a malvada bruxa do mar Úrsula se deleita no papel, mesclando o humor e a maldade ao ponto que você não sabe se ri ou se esconde da vilã. A relação de Sebastião (Daveed Diggs), Linguado (Jacob Trembley) e Sabidona (Awkafina), é hilária e uma das melhores coisas da adaptação! Outro ponto alto é o aprofundamento do Rei Tritão e do Principe Eric, personagens que algumas vezes eram tidos como poucos dimensionais aqui ganham camadas.
As músicas são um espetáculo à parte, além dos clássicos do filme original temos mais 3 músicas novas feitas por Alan Menken, que escreveu as músicas do filme de 1989 junto com Howard Ashman que faleceu em 1991, em parceria com Lin-Manuel Miranda, que foi responsável pelo fantástico musical Hamilton e o aclamado Encanto da própria Disney. A trilha sonora completa a história tanto em andamento dos acontecimentos como em ambientação, outra coisa que foi brilhantemente ajustada nessa versão e compõe a história dando sentido a situações.
O filme tem tudo para encantar os adultos que amam a versão em desenho assim como cativar toda uma nova geração. Há toda uma nova geração de crianças que vão se ver representadas na tela pela variedade de personagens, sejam eles humanos ou sereios.
Texto por Guilherme de Araujo. Siga o colunista nas redes sociais