Banner 27 abril, 2022
por Talita Lopes

10 anos de Vingadores e uma gratificação pela nova forma de enxergar os filmes de heróis

Hoje completa 10 anos de um verdadeiro sucesso absoluto da franquia da Marvel: Os Vingadores (2012), filme que ajudou a moldar uma nova era do cinema blockbuster para os super heróis, principalmente para a Marvel Studios. Crescemos com X-Men, Star Wars, Jurassic Park, Universo do Batman, Homem Aranha etc, que foram – e são franquias […]

 

Hoje completa 10 anos de um verdadeiro sucesso absoluto da franquia da Marvel: Os Vingadores (2012), filme que ajudou a moldar uma nova era do cinema blockbuster para os super heróis, principalmente para a Marvel Studios.

Crescemos com X-Men, Star Wars, Jurassic Park, Universo do Batman, Homem Aranha etc, que foram – e são franquias de sucesso até hoje – e mesmo que essas produções de certa forma ajudaram a trilhar o caminho de universos compartilhados e de heróis se reunindo para salvar o mundo, ainda surpreendeu a forma com que Os Vingadores deu um novo gás para os fanáticos do mundo dos quadrinhos, além de atrair diversos novos fãs diferentes que ainda não haviam simpatizado com o gênero. 

Diferente das outras franquias até então, a Marvel Studios começou a introduzir seus principais heróis de um jeito independente, começando lá em 2008 pelo Homem de Ferro, o que viria a ser um verdadeiro estrondo de sucesso para a empresa com uma forma bem diferente de dar vida a um herói e seu estereótipo. Seguido do Hulk, que já era um personagem com uma extensa bagagem de filmes que não deram certo e mesmo assim, muito popular, tendo mais uma tentativa com o MCU – por mais que as pessoas ignorem esse fato. Logo depois, em 2011, o Capitão América e o Thor também foram introduzidos de forma independente em seus filmes solos. Dos seis Vingadores originais, apenas a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro não tiveram suas histórias contadas em filmes solos, sendo assim personagens introduzidos entre outras histórias. 

Reprodução: Marvel Studios

Após colocar o público em contato com todos esses personagens separadamente, o ano de 2012 é marcado pelo momento mais inédito da indústria. Algo completamente maquinado pela genialidade do produtor e atual CEO da Marvel, Kevin Feige, que assim como Nick Fury, reuniu diversos fãs na sala do cinema assistindo a intensa reunião de um grupo de pessoas extraordinárias: os seis heróis da Marvel Comics na grande batalha de Nova York (Park Avenue, Manhattan), ao som de uma icônica trilha sonora orquestrada por Alan Silvestri. ESPETACULAR.

“Surgiu uma ideia, Stark sabe disso, chamada de Iniciativa Vingadores. A ideia era reunir um grupo de pessoas extraordinárias para ver se eles poderiam se tornar algo mais. Ver se eles poderiam trabalhar juntos quando precisássemos que lutassem em batalhas que nunca poderíamos.” – Nick Fury

A reunião e a ideia funcionaram perfeitamente. A princípio com um enredo bem leve, e de alguma forma clichê pela retratação de mocinhos versus vilões, isso hoje envelhece com um gosto especial de vinho. E a prova que o marketing e a incrível fórmula da Marvel era verdadeiramente mágica é que, se não tivesse ido parar nas mãos certas, o filme poderia ter se tornado um desastre colossal. 

E para funcionar, Vingadores teve que reunir elementos que assistimos em seus filmes anteriores, como as jóias do infinito, a primeira delas apresentada na época de Capitão América, assim como o cetro de Loki em seguida. Esses objetos e mais outros ao longo do caminho, formaram uma complexa teia de filmes, resultando em mais de 10 anos de histórias.

Ao longo das suas duas horas e vinte minutos, vemos o desenvolvimento pessoal de seis personalidades com poderes e funções distintas que nunca antes trabalharam juntos em algo, exceto pelo Capitão América, líder nato de soldados. Enquanto isso, uma super espiã soviética e um deus de outro reino tentam dividir o espaço com um “gênio” que diga-se de passagem, não está muito aqui para receber as ordens. Além de outro homem que se perder o controle, nada fica pela frente. Egos colidem, literal e metaforicamente, mas precisam encontrar nessa discrepância uma forma de salvar a humanidade das garras de Loki, o semideus Asgardiano, irmão de Thor, que também se tornou um Vingador. 

Reprodução: Marvel Studios

Os atores captam a essência dos seus personagens nos quadrinhos dos Vingadores com uma grande química entre si, o que torna o filme um gigante fan service e supera as expectativas do público e da crítica. Cheio de elementos inteligentes, elegante, engraçado, devastador e estrondoso, no final tudo o filme funcionou perfeitamente. As atuações incríveis, o humor fundamental em diversas cenas e sem tirar a seriedade, e as sequências de ação são de tirar o fôlego. 

Todos têm uma história de amor com outros filmes da Marvel, mas não há quem duvide que de todos eles, Os Vingadores serviu para estabelecer um novo padrão de universos cinematográficos; e essa ambição por adaptações não foi mais a mesma no mundo dos quadrinhos. O que começou com filmes do Superman, a grande equipe dos X-Men e filmes do Batman, dá as histórias dos Vingadores certamente um ponto de partida até para outros subgêneros. Embora a qualidade durante os últimos anos, assim como os efeitos adversos pelo grande monopólio da Disney e suas produções seja bem perturbadora, em certos momentos, essa expansão trouxe uma grande diversificação entre personagens que atraem todos os públicos.