por Redação PerifaCon
Wicked chega aos cinemas superando as expectativas.
O filme entrega diversidade, resiliência e empatia com muita música e dança.
texto por Natalia Correa Conceição
Para os amantes de Wicked que estavam aguardando esta adaptação desde 2012, finalmente a espera acabou! Estreando em novembro de 2024 nos cinemas, a produção do longa passou por vários problemas, como a pandemia de Covid 19 e a greve de roteiristas. Mas talvez o maior desafio de todos foi trazer a grandiosidade do musical para as telonas.
O filme foi dividido em duas partes, porém foi gravado todo de uma vez, fazendo com que a Cynthia Erivo como Elphaba e Ariana Grande como Glinda, ficassem muito tempo juntas, gerando assim uma química surpreendente e foi completamente entregue em tela. Ambas cantaram ao vivo durante as gravações, o que deixou o filme muito mais envolvente.
A história começa logo após a vitória da Dorothy sobre a Bruxa Má do Oeste, a Elphaba, e é contada pela Glinda ao ser questionada sobre a possível amizade das duas. De fato esta amizade surge, mas depois de grandes conflitos entre elas este sentimento é colocado à prova e elas passam a trilhar caminhos distintos.
Cynthia Erivo esta divina, ela consegue imprimir uma personagem que já passou por todo o tipo de preconceito e demonstrações de ódio, e tem uma armadura que não permite nada nem ninguém a ultrapassar, sem contar o seu sarcasmo delicioso, não é exagerado nem forçado, demonstra apenas que nada o que fizerem contra ela poderá afetá-la. Mas mesmo assim, Elphaba é sensível, carinhosa e empática com quem está em uma situação de vulnerabilidade.
Já Ariana Grande, não fica nenhum pouco por baixo, como a garota popular do colégio, cheia de caras, bocas, trejeitos, mas nada caricata. Glinda é uma mistura perfeita das Patricinhas de Beverly Hills, uma garota que precisa ser o centro das atenções e nada pode ofuscá-la, e a Ariana consegue demonstrar isso com tanta naturalidade que fica difícil não acreditar que ela seja assim na vida real.
O filme tem 2H e 40min de duração, o que, pra minha surpresa, não senti passar. Ele me tirou risadas sinceras, e nos momentos mais dramáticos levou várias pessoas às lágrimas. Toda a emoção colocada pelas atrizes pode de fato ser sentida, e não apenas elas, os atores coadjuvantes estavam na mesma sintonia, o que permitiu dar destaque às personagens principais, sem necessariamente se apagarem.
Em um tweet, o diretor John M. Chu revelou que Oz foi construída, o campo com 9 milhões de tulipas plantadas e o trem com 16 toneladas eram reais, a cabeça do Mágico era funcional, dessa forma o CGI foi usado apenas no necessário, permitindo que tanto os atores quanto os espectadores pudessem vivenciar o lugar.
Tive a oportunidade de assistir o longa dublado, e novamente pude confirmar que a dublagem brasileira é a melhor do mundo! Myra Ruiz e Fabi Bang, dublaram Elphaba e Glinda, respectivamente, e ambas interpretam as personagens no musical, e eu acredito que tal familiaridade permitiu que ficassem confortáveis, possibilitando assim atender as expectativas dos fãs.
A segunda parte estreará em novembro de 2025, e eu estou ansiosíssima para assistir.