por Redação PerifaCon
Vamos celebrar o dia da Visibilidade Bissexual?
Conheça alguns personagem canonicamente bissexuais
Por Ester Raquel Silva Nascimento
O dia de celebração da visibilidade bissexual aconteceu pela primeira vez em 23 de setembro de 1999, com a reunião de ativistas norte americanos pelos direitos da comunidade e combate a invisibilidade e discriminação da orientação sexual. Nesses vinte e cinco anos para cá, o que rolou?
Infelizmente as pessoas bissexuais ainda sofrem preconceito tanto dentro quanto fora da comunidade, assim como outras siglas do grande guarda-chuva ele sofre, muitas vezes, com estereótipos de confusão ou o famoso termo “bi festinha”. Não é moda, experimentação ou só uma fase, por isto, a reafirmação diária é tão importante, inclusive dentro da cultura pop.
Então se liga na lista de personagens assumidos canonicamente bissexuais, para saber mais sobre o dia de hoje através da ótica de quem levanta a bandeira:
O Francês – The boys
Interpretado por Tomer Capone o personagem teve a sua sexualidade mais explorada na 3° temporada, só que ele sempre deu sinais de que não era hétero desde o começo inclusive nos quadrinhos, sendo um dos mais queridos da série isso afetou uma parcela do público. Mas nada que o passado sombrio e sotaque forte não tire de letra, para conferir de perto todas as temporadas estão disponíveis na Amazon.
Korra – A Lenda de Korra
A jovem Avatar, famosa por ser um prodígio em dominar desde cedo os 4 elementos, sempre se mostrou forte, madura e destemida com poucas fraquezas a não ser quando o assunto são as responsabilidades dos mundos espiritual e físico que vem juntos com o cargo. Ao longo da sua jornada Korra se descobre e redescobre em momentos significativos na saga, como perder os poderes de dominação ou se assumir bissexual já que nem todas as nações lidam bem com essas questões, a animação está em várias plataformas de streaming como a Netflix, Amazon e Paramount.
Oberyn Martell – Game of Thrones
Interpretado pelo Pedro Pascal o príncipe Oberyn Nymeros Martell, também conhecido como Víbora Vermelha pelas suas habilidades em combate e conhecimento em veneno, ele faz parte da comunidade bi. Nas palavras do próprio, “Então todos estão perdendo metade do prazer do mundo. Os deuses fizeram [as mulheres]… e isso me encanta. Os deuses fizeram [os homens]… e isso me encanta. Quando se trata de guerra, eu luto por Dorne. Quando se trata de amor — eu não escolho lados.” para ver esse lado e muito mais de Oberyn todas as temporadas estão na HBO.
Louis de Pointe du Lac – Entrevista com Vampiro
Seja na série ou no filme, interpretado por Jacob Anderson, que é transformado por Armand nessas obras baseadas em livro onde ambos vivem um relacionamento abusivo no século passado. Mesmo não sendo oficialmente declarado, após seus 200 anos de existência vemos indicações da bissexualidade nos depoimentos do vampiro que estão compilados na primeira e segunda temporada no Amazon Prime.
Mística – X-Men
Considerada um ícone pela comunidade a Mística é bissexual e genero fluído canonicamente SIM! Com uma longa lista de relacionamentos, o mais duradouro sem dúvidas é com a mutante Sina que é deficiente visual e prevê o futuro. Uma pena que isso nunca foi adaptado para o cinema, para que a maioria do público conheça enfim esse lado tão relevante da mutante transmorfica.
Rosa Diaz – Brooklyn 99
Interpretada pela atriz Stephanie Beatriz que aparece ao longo de todos os episódios da série, que passa por todo arco de se assumir para amigos e parentes, dificuldades familiares retratando a realidade de muitas pessoas da comunidade que passam por muita resistência para serem validados. Para acompanhar esse exemplo de representatividade bi, todas as temporadas de 99 estão na Netflix.
Loki – Marvel
Apesar de só agora ter se assumido no Universo Cinematográfico Marvel, o personagem é bissexual nas HQs há um bom tempo. Ele não apenas foi confirmado como bi em todos os sentidos canônicos como também gênero fluido que pode vir a ser explorada em ambos os formatos, é o que esperamos para o deus da trapaça
Hércules – Marvel
Recentemente oficializado o que já estava implícito há muito tempo, com a exploração do universo o personagem deu um beijão digno de cinema com o Wolverine na edição de em X-treme X-men que se passa numa realidade alternativa escrita pelo roteirista Greg Pak. Sem deixarmos de considerar o contexto histórico mitólogico, em que Hércules sempre teve diversos amantes do herói bissexual.
Rhaenyra – A Casa do Dragão
Surpreendendo os fãs na segunda temporada a personagem interpretada por Emma D’Arcy, beija Mysaria sua Mestre dos Sussurros interpretada por Sonoya Mizuno, envolvidas mais do que nos conflitos da Dança dos Dragões. Apesar de não ser nada concreto nas crónicas dos livros de Fogo & Sangue sobre a bissexualidade delas, a série aproveitou para explorar os indícios e a liberdade criativa da adaptação da série disponível completa na HBO.
John Constantine – DC
O personagem John Constantine já teve inúmeros relacionamentos, alguns até mesmo bem inusitados como o do Tubarão-Rei, também conhecido como Nanaue, talvez o mais famoso entre eles, que apareceu na série animada da Arlequina disponível no HBO Max. Com uma vida romântica um tanto quanto complicada, já estabelecida assim nos quadrinhos há um bom tempo.
Nick Nelson – Heartstopper
Interpretado por Kit Connor na série que também pe bissexual (que foi tirado do ármario aos 18 anos na internet infelizmente pela comunidade), aqui acompanhamos a descoberta de adolescentes com a sua sexualidade e de quem são, enquanto acompanhamos o romance fofo de Nick com Charlie Spring interpretado por Joe Locke. A adaptação Alice Oseman terá uma nova temporada em breve na Netflix.
Super homem – Superman: Filho de Kal-El
A quinta edição da HQ Superman: Filho de Kal-El (“Superman: Son of Kal-El) mostrou Jon Kent de 17 anos, filho do famoso Clark Kent faz parte da comunidade bissexual. Onde o jovem mantém um relacionamento com o repórter e ativista Jay Nakamura que foi um marco na época de 2021. Como disse o escritor da história Tom Taylor Eu sempre disse que todo mundo precisa de herois e todo mundo merece ver a si mesmo em seus herois. Agora, o Superman, o heroi mais forte do planeta, está se assumindo”.
Esses e muitos outros personagens representam a causa, porque não basta sinais, um subtexto ou leitura da comunidade a afirmação é muito importante em todos os sentidos. Por isso, o dia de hoje é tão significativo para continuar colocando o holofote no B da sigla que não é de biscoito e nem de Beyoncé.