por Redação PerifaCon
Uma vida conquista com carisma e ótimas atuações
Filme estrelado por Anthony Hopkins e com participação especial de Helena Bonham Carter conta a história de Nicholas Winton.
Por: Marcos Vellasco
Nicholas Winton foi um humanitário que, com uma rede de pessoas dispostas, salvou 669 crianças da Tchecoslováquia prestes a ser invadida pelo exército nazista. O filme se passa em 1987 com um Nicholas já idoso em sua casa coma esposa Grete Winton (interpretada por Lena Olin).
Na casa repousam muitas memórias de uma época que ele Nicholas não quer revisitar, mas que permanecem lá como uma forma de punição, quase uma frustração. Mas em determinado momento ele resolve encarar essas memórias e, a partir daí, entramos na história.
O filme tem direção de James Hawes e roteiro de Lucinda Coxon, inspirado no livro, de mesmo nome do filme, escrito pela filha de Nicholas Barbara Winton. Uma direção tranquila e com fotografia que valorizou muito as expressões com planos mais fechados, o filme nos coloca ao lado dos personagens, nos faz sentir parte daqueles momentos.
Hopkins está incrível, com o poder de atuação que poucos atores tem ele domina a tela. O ator que faz sua versão jovem (Jhonny Flynn), é honesto em sua atuação, mas não tem grandes momentos.
Helena Bonham Carter interpreta a mãe de Nicholas, (Babette Winton) e está muito bem ao representar uma pessoa que lutou para que crianças pudessem encontrar refúgio e segurança em outro lugar. Apesar de sua participação ser pequena, ela faz uma pessoa que acredita realmente em seu filho e fará de tudo para ajudá-lo!
No momento em que vivemos, esse filme só nos mostra o quanto a humanidade tem poder para destruir e construir, de proteger e de entender o outro, saber que ele também faz parte de nós, não importando sua origem ou mesmo a religião que professa.
Que esse filme seja um alerta, para algumas pessoas entenderem que o holocausto não foi uma invenção e que ele está à nossa porta, os sinais estão todo aí.
Que o exemplo de Nicholas fique para aqueles que podem fazer algo, façam, mas façam sem esperar nada em troca, que façam sem capitalizar a ajuda, que abram os braços, as fronteiras e suas gordas carteiras para o bem maior, mesmo!