Top 5 piores filmes de terror para assistir e dar risada

São ruins? Sim! Mas também são bons

Texto por Ivy Pires

Quem já passou dos 30 conhece o famigerado Cine Trash, que era exibido pela Band nos anos 90, com apresentação do saudoso José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Ícone do terror brasileiro, confesso que foi o responsável por moldar uma categoria específica do meu gosto pra filmes. Os filmes ruins.

E hoje eu compartilho cinco dos piores-melhores filmes de terror, na minha humilde opinião.

Sofá Assassino (2019)

O primeiríssimo da lista, eu confesso que é meu filme favorito de 2022. Nesse filme trash neozelandês, ao contrário do título, uma poltrona (e não um sofá) possuída pelo espírito do ex namorado de Francesca, é entregue na casa dela e começa a cometer assassinatos para poder ficar com sua amada. Sem compromisso nenhum com continuidade ou em fazer algum sentido, ele entrega exatamente o que promete. Absolutamente nada. Horrível em todos os sentidos, arranca gargalhadas justamente por isso. Possessões, exorcismos, poltronas que andam, olho dentro do aspirador, tem de tudo de mais absurdo. Foco na carinha da poltrona, sério.

O Bingo Macabro (2021)

O Bingo Macabro (Bingo Hell) faz parte da edição de 2021 da coletânea Welcome to the Blumhouse, e conta a história de Lupita, uma sessentona mexicana que não se conforma em ver o calmo bairro californiano de Oak Springs ser gentrificado pelos jovens e suas cafeterias e empreendimentos imobiliários. Mas quando o misterioso Mr. Big aparece, Lupita se vê obrigada a, literalmente, pegar em armas para defender sua comunidade. 

Confesso que amo Lupita e me identifico com ela. E é uma ótima pedida ver velhinhas tentando salvar seu bairro de um demônio dono de um bingo (?) quando não tem nada melhor passando na TV.

Pode ou não conter uma crítica social f*da.

O Velocipastor (2017)

Feito para ser intencionalmente ruim, Velocipastor é a história de um padre que depois da trágica morte de seus pais, tenta se reconectar com Deus e recebe o conselho de ir buscá-lo em uma terra onde Deus não existe.

É assim que ele vai parar entre ninjas, prostitutas, exorcismos, drogas e poções alucinógenas que o transformam em um dinossauro. Daí pra mais abaixo na ladeira, ele decide usar esse novo dom para fazer o trabalho do Senhor: combater o mal. Não promete nada, mas é tão ruim que fica bom.

O Tubarão Fantasma (2013)

Seguindo a mesma linha absurda de Tubarão Piranha, Sharknado, etc, Tubarão Fantasma começa com um tubarão branco que ataca o barco de um pescador, mas acaba sendo torturado e morto por ele e sua filha. O corpo do tubarão vai parar no fundo do mar em uma caverna subaquatica com magias especiais (?) que trazem o tubarão de volta como um fantasma (??) com fome de vingança e que pode atacar e matar qualquer pessoa, desde que haja qualquer quantidade de água no ambiente, seja um copo d’água, poça, piscina, balde, qualquer coisa.

Um clássico entre os clássicos trash com tubarão. E que desconfio que foi imitado em Ouija Shark, mas essa indicação fica pra próxima (ou não).

O Exorcismo da minha melhor amiga (2022)

Para fechar a lista, um filminho adolescente, gostosinho de assistir, baseado no livro homônimo de Grady Hendrix, conta a história de Abby e Gretchen, melhores amigas desde a infância, que vão passar um fim de semana num chalé com outras amigas e acabam se aventurando em uma cabana abandonada. Depois disso, as coisas ficam, literalmente, um inferno quando Gretchen está por perto. Tem cara de satanic panic, tem cheiro de satanic panic, mas acaba sendo uma surpresa divertida. Trilha sonora 10/10, figurino e ambientação oitentista 10/10, moral da história: Descubra.

Foi horrível, eu sei. Por favor, não me processem apenas por ter um péssimo gosto para filmes. Que São José do Caixão abençoe a noite de vocês.