Banner 19 dezembro, 2024
por Giulia Cardoso

“Sonic 3”: diversão descompromissada que anima fãs e conquista novos públicos

Entre o humor simples e os efeitos de tirar o fôlego, o terceiro filme da franquia é um espetáculo que diverte sem reinventar a roda.

 

Ir ao cinema assistir a “Sonic 3” é uma sensação estranha. Normalmente, eu criticaria aspectos presentes neste filme, como o humor duvidoso, os diálogos expositivos e a abordagem genérica. Mas, de alguma forma, ele tocou meu coração. E, por isso, não sinto necessidade de me esconder atrás dos velhos argumentos como “É um filme para crianças” ou “Desliga o cérebro e vai”.

Na verdade, “Sonic 3” abraça o espírito do descompromissado. As leis deste universo, criado há anos, são muito mais leves do que estamos acostumados a ver em filmes recentes. Isso dá ao longa uma liberdade narrativa que se destaca justamente por não se levar tão a sério.

Enganados por um Ouriço!

A suspensão de descrença — aquela capacidade de aceitar as regras estabelecidas pela ficção — é levada ao extremo nessa nova aventura de Sonic. E, honestamente, é hilário pensar que estamos todos empolgados em assistir a um ouriço azul e seus amigos enfrentarem as forças do mal. O filme literalmente faz uma curva no “ridículo” e, com isso, consegue expandir ainda mais esse universo tão peculiar.

O roteiro, é verdade, não apresenta grandes inovações. Ele é o puro suco do genérico, com clichês previsíveis. No entanto, as piadas funcionam na maioria das vezes, e o ritmo é suficientemente dinâmico para manter o público animado. Mesmo com limitações narrativas, o filme consegue entregar uma experiência divertida e leve, especialmente para famílias.

O Shadow chegou para brilhar

Mesmo sendo uma fã leiga de Sonic, consigo reconhecer a importância do Shadow na franquia. E a boa notícia é que ele tem sua história bem explorada aqui. Shadow adiciona carisma e profundidade ao enredo, além de, provavelmente, garantir o lançamento de muitos bonequinhos colecionáveis. Sua presença é um dos pontos altos do longa.

Outro aspecto que merece destaque é a computação gráfica. O design de Shadow e dos outros personagens é incrível. Os detalhes, como os pelos visíveis nas animações, dão uma sensação tão realista que é quase como se eles realmente existissem. Esse cuidado visual enriquece ainda mais a experiência.

Conclusão

O saldo final de “Sonic 3” é positivo. Mesmo sem apresentar uma história complexa ou inovadora, o filme consegue entreter e conquistar tanto adultos quanto crianças. Com humor leve, ritmo divertido e um apelo visual impressionante, é uma opção perfeita para quem busca um programa despretensioso e empolgante.

“Sonic 3” estreia em 25 de dezembro, exclusivamente nos cinemas. Prepare-se para se divertir com esse universo repleto de energia e nostalgia!