Banner 22 junho, 2022
por Rodrigo Bastos

Poc Con e como estávamos sentindo falta de eventos presenciais

Às vésperas da parada LGBTQIA+, o evento reuniu artistas e visitantes para celebrar o mês do orgulho. No último sábado (18) tivemos o primeiro grande evento, de um calendário bastante cheio pro resto do ano e focado em quadrinhos, a Poc Con Foi bastante óbvio ver o quanto as pessoas do evento, tanto os artistas […]

 

Às vésperas da parada LGBTQIA+, o evento reuniu artistas e visitantes para celebrar o mês do orgulho.

No último sábado (18) tivemos o primeiro grande evento, de um calendário bastante cheio pro resto do ano e focado em quadrinhos, a Poc Con Foi bastante óbvio ver o quanto as pessoas do evento, tanto os artistas vendendo suas artes quanto os visitantes, estavam felizes de poder novamente ter esse espaço e momento de troca, com a segurança possível contra COVID (tendo que apresentar comprovante de vacinação e usar máscara o tempo todo dentro do evento).

E a produção do evento não deixou essa ansiedade pela volta dos eventos presenciais na mão. Com apresentações incríveis de cosplayers fazendo lipsync e painéis interessantíssimos (desde criação de roteiro de games até making of de documentário), o evento tinha de tudo um pouco para que quem estivesse visitando conseguisse vivenciar as mais diversas atividades.

Está sendo um momento muito importante pra esse retorno do setor cultural e fico ainda mais feliz de ser um evento que tá trazendo visibilidade para a galera LGBTQIA+, que são pessoas que tem pouca visibilidade do mercado artístico, principalmente dentro dos quadrinhos. Por ser dentro do mês do orgulho é muito significativo. Não é só um evento, é uma celebração” diz Ana Cardoso, expositora presente no evento.

A Ana falou bem sobre o clima que a feira trouxe para todos, o clima de celebração. Todos ali estavam celebrando o orgulho LGBTQIA+, seja através das artes que estavam vendendo ou através dos cosplays que estavam tanto passeando pela feira quanto se apresentando.

A feira trouxe artistas de diversos lugares, não só de São Paulo, para divulgar, expor, vender suas artes das mais diversas. Teve inclusive gente como a Helô D’Ângelo que estava no evento vendendo pela primeira vez seu quadrinho, chamado Isolamento, que ela criou durante os anos de pandemia. No quadrinho, Helô fala sobre a rotina de seu condomínio através das janelas dos andares. Contando com pequenos quadros que mostram desde brigas entre vizinhos até eles recebendo visitas, ela criou desde a arte até o roteiro e aproveitou a Poc Con para lançar sua quadrinho físico.

O evento também nos trouxe a oportunidade de encontrar artistas mais famosos e conhecidos do público, com três sessões de autógrafos com a Ilustralu, a Laerte e o Christian Gonzatti (que estava lançando seu livro Pode um LGBTQIA+ ser um herói no Brasil?). As sessões estavam lotadas e o público pôde aproveitar para trocar algumas palavras com seus autores e tirar uma foto, além de conseguir o autógrafo na sua obra. Todos os três também estavam com mesas no evento para vender seus livros e quadrinhos. Desde o começo até o fim tinham filas de gente querendo conhecer o artista e adquirir a obra.

Mas com certeza os momentos que mais chamaram a atenção do público foram as apresentações dos cosplayers no concurso de lipsync. Com as mais diversas versões de seus personagens favoritos da cultura pop, a gente teve desde a Dolores de Encanto até uma apresentação em casal da Capitã Carter e Feiticeira Escarlate. Usando de coreografias muito bem ensaiadas e músicas que faziam o público cantar junto, o evento foi um sucesso.

A PocCon termina com aquela sensação boa de ter encontrado velhos amigos, ter visto muita gente incrível vendendo arte, apresentações maravilhosas e mais que tudo a sensação de voltar a eventos presenciais que a gente tanto sentiu falta ao longo desses anos. Que venha a próxima edição.