por Redação PerifaCon
Perifacon 2024 traz bate papo sobre “Joguinhos Br”
Lucas Toso, do podcast Controles Voadores, conversou com Lívia Scienza, Marcos Silva e Melina Juraski sobre o mercado de desenvolvimento de jogos brasileiros
Texto por: Gabriel Henrique dos Santos. Fotos por Pierre Augusto
Definir o que é um “jogo brasileiro”, foi o primeiro tópico a ser abordado. Melina apontou que é bem fácil identificar, pois os brasileiros adoram colocar referências do que gostam. Ela cita como exemplo o recente título “Pocket Bravery”, onde em um dos cenários se vê aquele famoso meme do cachorro dançando com um menino na frente de um muro com a bandeira do Brasil.
“A gente talvez não consiga definir o que é, mas consegue definir o que não é”, disse Marcos Silva.
O mercado nacional tem um repertório que fura a bolha e tem bons resultados e avaliações na gringa, como em “Unsighted”. Mas parece haver uma dificuldade nos próprios estúdios brasileiros em alcançar a população local.
Lívia aponta que as empresas pecam em marketing e em compreender a experiência do usuário e como faltam pesquisas para entender as necessidades do jogador e o que ele procura ao consumir games.
Foi trazido à tona, o tanto que a mão de obra é exportada para o mercado estrangeiro. Existe uma síndrome de “vira-lata”, devido a um processo de colonização que criou um esvaziamento na noção do nosso próprio valor. Uma boa saída é uma melhor divulgação para a popularização dos editais, ainda mais com a chegada do novo marco legal dos games.
Melina destaca que o Brasil é cheio de bons e talentosos desenvolvedores, mas estes ficam receosos de publicar seu trabalho e receber críticas. É preciso colocar os jogos à mostra, para amadurecer como indústria e desenvolvedores.