por Redação PerifaCon
O auto da compadecida 2 retorna mantendo o coração de seu filme anterior
Com visual encantador e personagens carismáticos, o filme diverte e emociona, mas repete muito do que já foi visto no original.
“O Auto 2” retorna com maestria, trazendo um visual vibrante e teatral que exala o charme de um conto popular. A ambientação dá vida àquela pequena cidade, quase como se ela fosse um personagem por si só. O texto segue afiado, abordando temas como seca, amizade, religião, política e manipulação de maneira leve, mas cheia de significado. Um dos grandes acertos é sua estrutura episódica, que traz um ritmo gostoso à narrativa e evita que o filme se torne cansativo.
Personagens cativantes
Os personagens são o coração do filme. Carismáticos e engraçados, eles protagonizam cenas repletas de leveza e brincadeiras que garantem boas risadas. Destaque para Luis Miranda, Eduardo Sterblitch e Fabíula Nascimento, que brilham ao interpretar figuras caricatas, mas ainda assim fascinantes de se acompanhar. Eles mantêm a narrativa envolvente e recheada de mentiras, contos e brincadeiras que exploram arquétipos e estereótipos de forma cômica e reflexiva.
Pontos fracos
Nem tudo é perfeito. O CGI deixa a desejar, comprometendo a imersão em algumas cenas. Isso pode ser um problema para quem espera efeitos visuais mais sofisticados. Além disso, o filme reutiliza bastante da estrutura e até elementos da história do primeiro “O Auto”, o que pode decepcionar aqueles que buscavam maior inovação. Apesar da metalinguagem inteligente, a sensação de familiaridade pode não agradar a todos.
No geral, “O Auto 2” é fofo, engraçado e divertido. Ele preserva o coração e a alma do original, oferecendo uma experiência leve e prazerosa para o público. É um ótimo filme para quem quer dar boas risadas, mas esteja preparado para encontrar muitas repetições do que já vimos antes. Ainda assim, é uma sequência que honra o legado do primeiro filme e merece ser apreciada pelo que oferece.