por Marcos Marques
Meg Pedrozzo: ‘Pessoas São Falhas’ é uma quebra ao romantismo
A artista fala sobre Pessoas São Falhas, seu novo trabalho solo que brinca com o próprio titulo. Pessoas São Falhas é o novo EP de Meg Pedrozzo, cantora que nasceu no Grajaú, periferia de São Paulo. O EP já está disponível nas plataformas digitais e conta com cinco músicas, incluindo o single que carrega o […]
A artista fala sobre Pessoas São Falhas, seu novo trabalho solo que brinca com o próprio titulo.
Pessoas São Falhas é o novo EP de Meg Pedrozzo, cantora que nasceu no Grajaú, periferia de São Paulo. O EP já está disponível nas plataformas digitais e conta com cinco músicas, incluindo o single que carrega o mesmo nome do projeto.
Meg diz que seu primeiro contato na música começou em casa devido a influência de seus pais e do avô, enfatizando que o momento exato que decidiu cantar profissionalmente foi quando ela decidiu sair da igreja. Ela diz que a sua primeira experiência na música profissional foi com o grupo The Monkeys THC, onde permaneceu como vocalista por 8 anos.
Após as experiências na música, Meg conta que agora está focada no lançamento de Pessoas São Falhas e explica a escolha do nome:
Eu sou uma cantora que gosta de falar sobre romance. Eu gosto de falar do amor e é um tema que eu tenho muita facilidade. Esse nome ele vem para quebrar o romantismo. Estamos sempre acostumados com o príncipe que salva a princesa e etc… esse nome vem pra quebrar um pouco disso, mostrando que pessoas que amam também são falhas.
Sobre a inspiração para o EP, Meg diz que criou a narrativa na intenção de atingir outras pessoas:
Foi algo que eu criei e criei toda a narrativa. Eu acho que existe uma representatividade porque eu canto sobre algo que as pessoas podem ter passado. O titulo é como se fosse um clickbait, ele quebra aos poucos o que o próprio nome diz.
Sobre as inspirações para o som do EP, Meg diz que é totalmente apaixonada por R&B, House, Funk, New Soul e Jazz. Ela diz que muitas dessas inspirações vem do consumismo da música estadunidense, citando artistas como SZA, Jill Scott, Mariah Carey e Whitney Houston:
Eu era aquela que comprava DVD pirata e assistia as cantoras na televisão. Eu sempre olhava e pensava “Um dia eu vou fazer esse conjunto de vozes”. Eu piro no conjunto de vozes. O EP carrega apenas o meu nome, mas tem a colaboração do Vibox.
Sobre o Vibox, produtor que colaborou no EP, Meg diz que ele foi fundamental na construção do material, dizendo que houve muito estudo no trabalho das faixas, até mesmo tentando trazer as influências de fora para aplicar no seu próprio projeto.
A artista diz que o cenário musical brasileiro está caminhando muito bem, citando artistas como Anitta e Ludmilla. Porém, Meg aponta que existem muitos artistas brasileiros que precisam de visibilidade.
Meg espera que pessoas conheçam sua essência através do EP, enfatizando que é uma artista totalmente versátil:
Todas as músicas são diversas uma das outras. Quero que as pessoa conheçam minha essência e que saibam que sou uma artista que pode cantar de tudo. Eu gosto de misturar um funk com house, R&B e trap… Essa EP você pode colocar no churrasco tranquilamente. Espero que as pessoas coloquem bastante no repeat.
Para complementa, ela diz que o EP é importante por ela ser uma mulher negra, periférica, gorda e lésbica e que isso causa uma representatividade, principalmente para sua quebrada.
Eu gosto de ir ao contrário. Algumas músicas eu consigo falar de alguns sentimentos. O amor ainda é uma mensagem que eu gosto de transmitir.