Banner 4 outubro, 2022
por Redação PerifaCon

Lázara: curta que retrata a velhice LGBTQIA+ no Brasil abre campanha no catarse

Uma história sobre vulnerabilidade, lesbofobia e luto. Lázara é um curta-metragem ficcional de 15 minutos que mistura drama, suspensa e surrealismo. A historia fala sobre uma mulher lésbica e viúva que vive a velhice LGBTQIA+ no Brasil, sucumbindo à mercê de uma sociedade lesbofóbica e de seu estado psicológico abalado. Tudo isso é representado através […]

 

Uma história sobre vulnerabilidade, lesbofobia e luto.

Lázara é um curta-metragem ficcional de 15 minutos que mistura drama, suspensa e surrealismo. A historia fala sobre uma mulher lésbica e viúva que vive a velhice LGBTQIA+ no Brasil, sucumbindo à mercê de uma sociedade lesbofóbica e de seu estado psicológico abalado. Tudo isso é representado através de uma metáfora que faz um frasco de remédio ser a materialização simbólica do pensamento suicida de uma pessoa fragilizada.

O filme retrata uma sequência de 5 noites de insônia da personagem e suas ações durante essas madrugadas. Entre monotonias completas e delírios de um luto latente, Lázara encontra um frasco de remédio antigo de sua falecida esposa e a partir disso, suas madrugadas ficam cada vez mais peculiares. Toda vez que Lázinha se aproxima do frasco, seu dia recomeça em sua cama como se o dia anterior não tivesse passado de um sonho. Com a contagem regressiva de um relógio como plano de fundo, suas noites vão ficando cada vez mais curtas à medida que o remédio a persegue pelos cômodos da casa e pelas lacunas do tempo. Lázara se vê sem saída e o medo domina seu corpo e mente até que o silêncio tome conta de tudo.

Reprodução: Catarse

O projeto, que está recebendo apoio financeiro no catarse, é realizado em sua maioria por mulheres e pessoas LGBTQIAPN+.

Lázara não é um filme sobre esperança e lados bons, muito menos uma luz no fim do túnel. Ele é um dedo na ferida, um pedido de socorro e uma crítica a um sistema que pratica um abandono corrosivo às populações não-cis, não-hétero, não-branca, não-masculina e não-produtivamente ativa.

O curta é dirigido e roteirizado por Beatriz Ladeira.