
por Redação PerifaCon
Jordan Peele disseca a subversão de ‘Não! Não Olhe!’
O cineasta e a atriz Keke Paler falam sobre o novo filme de terror Nessa quarta-feira (20/07), foi divulgada pela GQ uma matéria sobre Não! Não Olhe!, novo longa de Jordan Peele. A matéria contém entrevistas com o diretor do longa e com Keke Palmer, estrela do novo épico de terror que, segundo a matéria […]
O cineasta e a atriz Keke Paler falam sobre o novo filme de terror
Nessa quarta-feira (20/07), foi divulgada pela GQ uma matéria sobre Não! Não Olhe!, novo longa de Jordan Peele. A matéria contém entrevistas com o diretor do longa e com Keke Palmer, estrela do novo épico de terror que, segundo a matéria escrita por Gerric D. Kennedy, é um filme sobre espetáculo.
A publicação se refere ao filme como o trabalho mais ousado de Peele até o momento, ao mesmo tempo em que descreve a carreira do cineasta como uma demonstração de que o terror-pipoca poderia ser também subversivo, ambicioso e original enquanto entrega protagonismo negro para um gênero que nem sempre foi tão aberto para diversidade.
A matéria também chama atenção para um dos feitos do novo longa, que ainda não estreou oficialmente. O longa já tem um de seus sets, Jupiter’s Claim, como parte de uma turnê por estúdios que o parque temático da Universal organiza. Peele disse estar surpreso com esse acontecimento.
É duro chegar à conclusão de que um dos meus filmes divide espaço com Tubarão e Psicose. Não apenas por ser uma história negra com protagonistas negros mas também porque é subversiva.

Não! Não Olhe! se apresenta como um filme de OVNIs (objetos voadores não identificados) e acompanha os protagonistas interpretados por Daniel Kaluuya e Keke Palmer (os irmãos OJ Haywood e Emerald) que buscam evidências e provas de que há algo estranho no céu que cerca o rancho de sua família.
O filme é uma mudança de tom em relação aos longas anteriores de Peele e, ao mesmo tempo, um passo natural na jornada profissional do diretor, o que chega a surpreender até o elenco do longa, como conta Keke Palmer.
É tão inesperado. De Corra! para Nós e, agora, Não! Não Olhe!, ele não está limitado a nada. O fio condutor é um trabalho excepcionalmente atencioso, mas nada da estrutura na qual ele existe se contenta em ser a mesma.
Ainda tentando explicar a subversão presente em seu novo projeto, Peele fala sobre o desafio de produzir um filme sobre espetáculo (e o nosso vício por espetacularizar todas as nossas experiências sociais) durante a pandemia.
Estávamos passando por tanta coisa. Muito do que esse mundo viveu foi essa sobrecarga de espetáculo e meio que um ponto baixo do nosso vício em espetáculo. Eu sempre dediquei muito tempo para tentar reapresentar o que a perspectiva negra pode ser em um filme de horror. Isso me põe em locais muito sombrios da minha imaginação, e nós de fato estávamos (e ainda estamos) em um momento sombrio. Foi algo importante tentar descobrir como trazer alegria para o filme porque, bom, as outras coisas eu acho que já tinham sido atingidas.


A subversão do longa não se resume somente às sensibilidades presentes na trama e no contexto social da produção mas também é presente na construção dos personagens e do seu elenco de “causar arrepios”, como definiu a estrela Keke Palmer.
Me arrepiei. Todos nós conhecemos os arquétipos: o bobo da corte, o órfão, o herói, e a lista continua. Mas o que acontece quando você junta todos os tipos que geralmente não existem lado a lado. Essa é uma obra guiada por seus personagens, sobre dois irmãos. Mas ao mesmo tempo, é um comentário social, um filme de arte que está passando uma mensagem maior – e também um blockbuster, algo comercial
Não! Não Olhe! estreará no Brasil no dia 25 de agosto, mais de um mês de sua estreia nos Estados Unidos, que cai no dia 22 de julho.