por Redação PerifaCon
Instituto Criar, com apoio da Disney, lança a rede de talentos “Vozes Diversas”
Alunos formados pelo Instituto Criar de TV, Cinema e Nova Mídias que participam do projeto “Vozes Diversas” que conta com o apoio da Disney
Visando contribuir para um mercado audiovisual mais diverso e plural para fortalecer o protagonismo de jovens de diferentes etnias e gêneros, o Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias, com o apoio da Disney, lança a plataforma de rede de talentos “Vozes Diversas”. Focado na nova geração de contadores de histórias e profissionais do audiovisual, o projeto conecta talentos das periferias de São Paulo e Osasco (SP) aos mercado de trabalho. Mais de 500 jovens formados pelo Instituto Criar integram a Rede de Talentos, fornecendo aos contratantes do segmento acesso aos perfis e portfólios desses profissionais.
O projeto recebeu apoio da Disney, parceira do Instituto Criar desde 2022, que contribui para a formação profissional e pessoal de jovens em situação de vulnerabilidade nas áreas do audiovisual e da tecnologia.
“O audiovisual tem um papel fundamental para enxergarmos coletivamente um mundo no qual todos sejam representados – na frente e atrás das câmeras. Ter lideranças diversas nessa indústria contribui para a diminuição das desigualdades sociais e para a construção de um futuro diferente. Queremos que essa juventude possa sonhar e fazer suas vozes chegarem aonde desejam”, conta Luciana Bobadilha, Diretora Executiva do Instituto Criar.
A plataforma reúne uma ampla variedade de profissionais da indústria audiovisual, desde roteiristas, diretores de cena, designers de som a maquiadores, figurinistas e graffers, todos compartilhando suas visões de mundo e novas propostas narrativas.
“Estamos muito felizes dando apoio a essa iniciativa promissora do Instituto Criar, que vai ampliar as oportunidades de emprego para jovens brasileiros talentosos”, comenta Belén Urbaneja, VP de CSR, Corporate Brand Management and DE&I, The Walt Disney Company Latin America. “Essa proposta faz parte do nosso foco de investimento social de Future Storytellers, que promove, através do financiamento de programas, o acesso de jovens de grupos sub-representados a oportunidades de formação em disciplinas relacionadas com a indústria audiovisual. Desta forma, contribui para a formação de uma futura força de trabalho representativa e respeitosa, capaz de continuar refletindo de forma autêntica em conteúdos e experiências a vida das comunidades que compõem os diversos públicos”, completa.
Com mais de 2.600 jovens formados desde sua fundação em 2003, o Instituto Criar convocou uma equipe de 6 veteranos para o mapeamento dos ex-alunos. Durante um período de 3 meses, a equipe se dedicou a convidá-los para a plataforma, disponibilizando informações pessoais e profissionais e áreas de atuação. O mapeamento evidenciou a diversidade de gênero e raça na população analisada. No espectro de gênero, 47,5% se identificaram como femininos, 47,1% como masculinos e 3,3% como gênero neutro. Dentro desse último grupo, 77,3% são pessoas não-bináries e 22,7% são transgêneres. Em relação à distribuição racial, os resultados foram: 34,4% pretos, 30,3% pardos, 32,4% brancos e 1,8% indígenas.
Uma campanha subsequente convidou os veteranos a enviar teasers, trailers ou reels de seus trabalhos #portrasdascameras, resultando em uma campanha nas redes sociais do Instituto Criar.
Além do projeto Vozes Diversas, a Disney apoia o Instituto Criar por meio de um financiamento para a criação de uma Usina Criativa dentro da organização, para a qual serão adquiridos equipamentos de produção audiovisual que os jovens formados pelo Criar poderão “alugar” gratuitamente para continuar produzindo conteúdo e desenvolvendo-se profissionalmente após a sua formação acompanhados pelos mentores do Instituto Criar.
Cenário do audiovisual brasileiro
Estudo sobre Diversidade de Gênero e Raça divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), em 2018, apontou as desigualdades dentro do cenário audiovisual brasileiro. Os homens brancos são os que ocupam mais espaço no cenário: 75,4% são diretores e 59,9% produtores. Mulheres pretas ficam de fora de diversas categorias. Elas não aparecem nem como diretoras, nem como roteiristas. Só figuram na lista de produção-executiva, ao lado de mulheres brancas ou equipes mistas equivalendo aos percentuais de 1% e 3%, respectivamente.
Para romper as fronteiras, derrubar muros, cruzar a ponte e ter um mercado audiovisual mais diverso e plural acesse a Rede de Talentos ou escreva para insercao@institutocriar.org