Banner 14 outubro, 2022
por Redação PerifaCon

Halloween Ends: Um final que nenhuma franquia deveria ter

Halloween Ends chega aos cinemas com um gosto amargo e extremamente frustrante. Lançado em 1978, Halloween foi dirigido por John Carpenter e estrelado por Jamie Lee Curtis, que se tornou uma das final girls mais importantes dos filmes de terror. Após o lançamento do filme, a saga contou com outros 9 filmes, sendo sequências e […]

 

Halloween Ends chega aos cinemas com um gosto amargo e extremamente frustrante.

Lançado em 1978, Halloween foi dirigido por John Carpenter e estrelado por Jamie Lee Curtis, que se tornou uma das final girls mais importantes dos filmes de terror. Após o lançamento do filme, a saga contou com outros 9 filmes, sendo sequências e até outros que contam a história de Michael Myers com outros personagens. 

A saga teve um revival em 2018 com o lançamento de Halloween, filme que ignora todas as sequências e considera apenas os eventos que aconteceram no primeiro. Nessa nova leva de filmes, Laurie Strode é uma mulher mais velha que tenta lidar com os traumas que aconteceram em sua vida. 

A nova trilogia contou com o lançamento de Halloween Kills, lançado em 2021, e agora Halloween Ends, que como o próprio nome diz, é o encerramento da saga. 

Em Halloween Ends, Michael Myers está desaparecido e Laurie Strode vive a vida normal após os acontecimentos de Halloween Kills. Longe da casa afastada, Laurie mora mais perto da cidade com sua neta Allyson (Andi Matichak) e não se preocupa em colocar armadilhas em casa, porque ela sabe que Michael voltará um dia. 

Assistir Halloween Ends foi uma experiência bem decepcionante, e digo isso porque o filme de fato encerra a franquia. Antes do lançamento os produtores, diretor e a própria Jamie Lee Curtis falaram sobre a grande conclusão da saga, já que a atriz de fato se despediu da personagem após interpretá-la por 44 anos. O problema de Halloween Ends é que o filme não se preocupa em trazer um final digno para a franquia. 

Na trama conhecemos Corey Cunningham (Rohan Campbell), um rapaz que teve sua vida prejudicada após um acidente que matou uma criança que ele cuidava. Com Haddonfield fazendo da vida dele um inferno, Corey conhece Allyson e embarcam em um romance. Tudo piora quando ele cruza o caminho de Michael Myers e o faz despertar um lado sombrio de puro mal, fazendo com que ele fique ao lado de Myers. 

Reprodução: Universal Pictures

O personagem não soma em nada na trama da história, por algum momento eu até fiquei me questionando se o que eu estava vendo era mesmo a conclusão de uma saga, porque parece que o time de roteiristas do filme não tiveram ideia melhor para complementar a trama. É uma parte da história que caberia muito bem em um spin-off ou algo do tipo, mas ainda assim eles quiseram colocar algo que não nenhum sentido.

E pior do que isso, o próprio Michael Myers mal aparece no filme. Grande parte da história ele fica escondido enquanto a trama do Corey é desenvolvida. São poucas as partes que Laurie Strode tem um momento só dela, onde ela reflete sobre os traumas do passado, porque o filme destoa totalmente em diversos momentos que deveriam ser cruciais. O filme até tenta te conquistar com algumas referencias e flashbacks do filme de 1978, mas ele não consegue transmitir emoção.

E quando chega no final… parece que em poucos minutos eles lembram que existe uma grande história para ser finalizada e o final não é satisfatório o suficiente para quem ama a franquia. Sabe aquele final morno? Pior do que final de novela ruim das nove? O sentimento que eu tive assistindo Halloween Ends foi esse. 

Por mais que John Carpenter e Jamie Lee Curtis estejam envolvidos na produção do filme, sinto que o filme falhou bastante em entregar um final digno, principalmente de uma saga que ajudou o subgênero slasher a se tornar popular ao longo desses quase 50 anos.