
por Redação PerifaCon
Google homenageia ativista indígena brasileira Rosane Kaingang
Rosane Kaingang teveum papel fundamental na representação indígena no Conselho de Direitos Humanos (CNDH) e na defesa de direitos dos nativos. Hoje (03) o Google está homenageando a ativista indígena brasileira Rosane Kaingang, descendente do povo Kaingang, grupo que residia os estados da região Sul do país. Nesta mesma data em 1992, Rosane iniciou sua […]
Rosane Kaingang teveum papel fundamental na representação indígena no Conselho de Direitos Humanos (CNDH) e na defesa de direitos dos nativos.
Hoje (03) o Google está homenageando a ativista indígena brasileira Rosane Kaingang, descendente do povo Kaingang, grupo que residia os estados da região Sul do país. Nesta mesma data em 1992, Rosane iniciou sua sua vida para o movimento indígena durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, sediada no Rio de Janeiro.
Meu nome indígena é Kokoj, que significa beija-flor e que me foi dado em homenagem à minha bisavó que morreu com 120 anos, numa cerimônia feita por meu avô quando eu nasci
Rosane, em entrevista à Revista Insurgência, em 2015
Rosane foi uma das fundadoras do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas no Brasil. Kaingang defendeu os direitos dos indígenas no reconhecimento de territórios, desenvolvimento comunitário, acesso a educação e atendimento médico de qualidade.

Cada povo tem sua forma de olhar, sua cosmovisão, sua forma de ver e viver, sua forma do uso da terra, sua forma de pintura, a cultura tradicional, então nós somos diferentes, somos povos diferentes uns dos outros. Mas o que nos une é a luta pela terra, pelo território, isso nos une fortemente, e a luta pela preservação dos direitos
Rosane, em entrevista à Revista Insurgência, em 2015
Rosane entrou na Funai em 2001 e, entre 2005 e 2007, ocupou o cargo de coordenadora geral de Desenvolvimento Comunitário, tendo criado toda uma estrutura para apoiar projetos de mulheres indígenas, incentivando ainda a organização política dessas mulheres.
Ela também participou da fundação da Apib, em 2009. Desde esse período, trabalhou na articulação política da Arpinsul e da Apib, participando de dezenas de reuniões, seminários, audiências e mobilizações das delegações indígenas que vinham à Brasília de todos os cantos do Brasil, em especial a Mobilização Nacional Indígena e o Acampamento Terra Livre.
Rosane Kaingang faleceu no dia 15 de outubro de 2015 devido uma luta contra o câncer, o qual ela enfrentava há 3 anos.