por Carissa Vieira
First Kill: clichê necessário no universo dos vampiros
Nova série da Netflix mostra o romance entre uma vampira e uma caçadora de monstros. Imagine um caso de amor entre uma vampira e uma caçadora de monstros? Imaginou? Essa é a premissa de Primeira Morte (First Kill), nova série da Netflix que traz um amor proibido com grandes influências de Romeu e Julieta. A […]
Nova série da Netflix mostra o romance entre uma vampira e uma caçadora de monstros.
Imagine um caso de amor entre uma vampira e uma caçadora de monstros? Imaginou? Essa é a premissa de Primeira Morte (First Kill), nova série da Netflix que traz um amor proibido com grandes influências de Romeu e Julieta.
A série mostra o envolvimento amoroso entre Juliette (Sarah Catherine Hook), uma jovem da mais poderosa dinastia de vampiros que existe. Só que apesar do poder da sua família, a garota não gosta de ser uma vampira e tem diversas questões morais com sua condição. Juliette não quer matar ninguém e se acostumou vivendo como uma humana.
E tudo fica mais complicado quando ela conhece Calliope (Iman Lewis), a nova garota da escola que mexe com seus sentimentos. O problema é que Cal faz parte de uma família de caçadores de monstros, cuja função é matar pessoas como a própria Juliette.
Primeira Morte não traz muita inovação na sua narrativa, mas só o fato de proporcionar ao público um romance adolescente entre famílias rivais, mas com duas garotas ao invés do já tradicional casal heterossexual, é algo para enaltecer. Temos visto aos poucos mais séries LGBTQIA+ que são voltadas ao público jovem, mas ainda precisamos de muitas outras. E é necessário que essa representação venha não apenas com meninos, mas com meninas também. E Primeira Morte faz isso.
A série mostra que adolescentes que não são heterossexuais também podem fazer parte de narrativas de fantasia. E que nem todas as histórias de personagens LGBTQIA+ precisam ser com finais trágicos. Além disso, traz uma família negra retinta no centro da narrativa, o que é outra coisa super importante.
Cheia de clichês do gênero, Primeira Morte em diversos momentos é boba e muito bagunçada. O roteiro sai enfiando uma trama em cima da outra e nunca organiza ou responde nada. Poderia desenvolver bem melhor a trama central e permitir mais romance entre as protagonistas. Só que apesar de todos os erros que comete, é uma farofinha divertida de se ver.
Cheia de falas bobas e bregas, monstros malfeitos, cenas bem vergonha alheia, efeitos especiais ruins. Primeira Morte não faz questão de se levar muito à sério. E que bom!
Nem toda história precisa ser uma obra-prima para nos fazer pensar profundamente por dias e dias. Às vezes a gente só quer ver algo com efeitos especiais ruins e drama familiar brega.
Se é isso que você quer, First Kill te entrega.