Drácula: A Última Viagem do Demeter – Um resgate aos clássicos de terror

Para quem, como eu, que cresceu com representações de vampiros sedutores, humanizados, como a saga “Crepúsculo”, a série “The Vampire Diaries”, ver um filme que traga a figura do vampiro como um monstro assustador é uma experiência bem diferente do que as últimas gerações estão acostumadas.

A Universal fez história no século XX com grandes sucessos como: “Frankenstein“, “Múmia“, “O Homem Invisível“, “Drácula’, entre outros. Percebo que o estúdio busca resgatar esses clássicos e o gênero de terror com monstros para apresentar para as novas gerações.

Recentemente, houve um esforço da Universal em fazer o Dark Universe, uma coleção com remakes de seus monstros clássicos. Tiveram um fracasso com o filme “A Múmia”  em 2017 , com Tom Cruise. Acertaram em “O Homem Invisível” em 2020 (mesmo em um cenário pandêmico). 

Baseado no capítulo “Diário do Capitão” da obra Drácula, de Bram Stoker, o filme se passa com os acontecimentos dessa viagem da Romênia a Londres. Demeter é um navio que transporta encomendas privadas, entre essas, 50 caixotes de madeira.

A partir daí, a tripulação se vê condenada no meio do oceano em uma viagem de encontro com a morte. Eles não sabem lidar com a criatura que ataca a tripulação durante as noites. 

Acompanhamos os dias desse diário, como no livro. Eu li o capítulo antes de ir assistir ao filme e pude notar a referência. A tensão é presente na trilha e na atuação desse elenco muito talentoso. Destaque para Aisling Franciosi (Game Of Thrones) e Corey Hawkins (24 Legacy), que trazem personagens muito diferentes do que se costuma ver nesse tipo de gênero.  Sustos para os amantes de filmes de terror. Muitos efeitos práticos, com destaque para atuação e maquiagem de Javier Botet, que dá vida ao monstro. O diretor, André Øvredal (Histórias Assustadoras para Contar no Escuro) busca dar um toque mais realista a trama.

Demeter convida você, amante ou saudosista de filmes de terror, a embarcar nessa viagem brutal 

O filme agradou o aclamado autor Stephen King …”me lembrou os melhores filmes da Hammer, dos anos 60 e 70″, disse King. O filme claramente busca emanar essa referência. 

O filme atinge o objetivo de contar essa história clássica com toques modernos e retrôs ao mesmo tempo. Senti falta de mais desenvolvimento das personagens, gostaria de ter me importado mais com algumas perdas. Vale a pena conferir mais uma aventura do mais popular vampiro do cinema! 

Texto por Gabriela Paula, redatora do Portal PerifaCon