por Giulia Cardoso
“Back to Black”: Pouco interessante e bem limitado
O filme dirigido por Sam Taylor-Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”), traz uma Amy chata, um Blake Fielder sonso e um Mitch Winehouse omisso. Tudo isso com uma linha cronológica confusa que deixa o “não fã” extremamente perdido.
O filme dirigido por Sam Taylor-Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”), traz uma Amy chata, um Blake Fielder sonso e um Mitch Winehouse omisso. Tudo isso com uma linha cronológica confusa que deixa o “não fã” extremamente perdido.
De fato, não sou a maior fã da cantora Amy Winehouse. Na verdade, pouco sei sobre a vida dela e, infelizmente, não foi através de “Back to Black” que eu consegui me conectar significantemente com esta personalidade.
É complicado contar uma história como a dela. Afinal, como fazer isso sem passar pano demais ou sem faltar com respeito? O roteirista Matt Greenhalgh teve um grande desafio. É nítido que ele tentou fazer um filme cativante e interessante, mas essa tentativa só fez com a que a pessoa retratada caísse no estereótipo da “mulher maluca” ou da “ficante emocionada”.
Muitos momentos nos pegamos estressados com a Amy e isso é péssimo, principalmente para quem se dispõe a se deslocar até o cinema só para prestigiar uma boa obra de sua cantora predileta. A cantora tem que ser nosso maior objeto de interesse e o fio condutor de tudo.
É claro que não são todos os momentos em que ela está assim. Muito devido ao mérito da Marisa Abela que, ao abrir a boca, entrega uma voz magnífica e uma Amy corporalmente bem convincente (vale lembrar que a atriz realmente se propôs a cantar as músicas).
Relação de Amy Winehouse com os outros personagens
Os outros personagens que cercam a persona principal estão sendo retratados de forma bem mais inocente e até um pouco mentirosa. O pai dela, Mitch Winehouse, passa a maior parte do tempo só observando de longe e não tomando nenhuma atitude para ajudar sua filha, tornando-se assim, um personagem omisso e mal desenvolvido.
Já o Blake, é um show de horrores. Ele é mostrado como um viciado mas de uma forma mentirosa, pois enquanto a Amy definha, ele não tem dano algum e nunca parecendo estar alterado. Sua imagem ficou dúbia e muitas vezes parece que ele é um coitado que sofreu por estar com Amy Winehouse. É uma péssima narrativa.
Fora estes dois, ninguém mais aparece muito. Dando a sensação de que a cantora vivia sozinha (mesmo em seus momentos sóbria) não tendo família, amigos ou conhecidos. Chega a ser estranho pensar que uma pessoa viveria tão isolada assim
Para finalizar tudo isso, devo dizer que a sua direção é pouco inspirada. Poucos são os takes bonitos e criativos do filme. Se limitando ao clássico: “Se o ambiente é mais familiar, toma filtro mais quente. Se ele é mais triste e solitário, toma filtro mais frio”. Ele é um filme bom, mas não é tão especial quanto deveria ser.
“Back to Black” já se encontra disponível nos cinemas.