
por Redação PerifaCon
Perifacon 2024: Resumo do painel “Tudo é política na cultura pop?”
Apresentado por Andreza Delgado, o painel discutiu assuntos como representatividade dentro da cultura pop, o papel das críticas nas produções audiovisuais e a rejeição ao cinema nacional.
Texto por: Gabriel Henrique dos Santos. Foto por: Pierre Augusto
A perifacon 2024 trouxe neste sábado (28) os criadores de conteúdo Ora Thiago, Gustavo Gaiofato, Tiago Santinelli e Karol Gomes na Fábrica de Cultura de Diadema para debater se a política e a cultura pop realmente conversam.
Apresentado por Andreza Delgado, o painel “Tudo é política na cultura pop?” Discutiu assuntos como representatividade dentro da cultura pop, o papel das críticas nas produções audiovisuais e a rejeição ao cinema nacional.
“Tudo é política”, foi praticamente um consenso na conversa. Não existe nenhum espaço vazio, sem um discurso. Até o jeito e o formato que você escolhe para contar aquele produto audiovisual tem um sentido, um significado.
Como a representatividade é usada no cinema foi trazida à conversa. Tem aparecido bons casos como o surgimento de novas diretoras negras, mas ainda a maior concentração de influência está nas mesmas pessoas brancas de “50 anos atrás”.
É preciso um maior cuidado para que a representatividade seja feita de uma maneira saudável sem que os criadores de conteúdo precisem apresentar as produções abordando os temas como uma forma de ‘contenção’, como foi o caso recente do filme da A Pequena Sereia.
O grupo discutiu o motivo de existir uma rejeição aos produtos nacionais e como resolver isso. Algumas ideias foram apontadas como: estabelecer políticas públicas, melhorar o orçamento, mas principalmente fazer as pessoas terem uma melhor compreensão de como funciona o financiamento coletivo. A própria Perifacon só existe por políticas públicas de financiamento à cultura.
Foi lembrado como ultimamente jovens no Tik Tok tem descoberto filmes nacionais e adorado. “A gente gosta de ver o que nos é próximo.” Ressalta Thiago. “O cinema nacional pode furar a bolha de outros países. Falta um projeto.”, completou Gaiofato.