Banner 15 julho, 2022
por Thaís Hern

Você sabe o que é o Visual Kei?

Evento no Rio de Janeiro trará o retorno do visual. Nos últimos anos estamos acompanhando o retorno de várias tendências e se torna inevitável não sentir-se dentro de um túnel do tempo, sendo levado para cantos da memória jamais esquecidos (e outros um tanto traumáticos).  Já nos reencontramos com emocore, o retorno das calças de […]

 

Evento no Rio de Janeiro trará o retorno do visual.

Nos últimos anos estamos acompanhando o retorno de várias tendências e se torna inevitável não sentir-se dentro de um túnel do tempo, sendo levado para cantos da memória jamais esquecidos (e outros um tanto traumáticos). 

Já nos reencontramos com emocore, o retorno das calças de cintura baixa, bandas que voltaram a fazer shows e franquias de filmes que retornaram ao cinema. Agora chegou a vez do Visual Kei.

O Visual Kei é um movimento de subcultura que surgiu no Japão durante os anos 80 e consiste em uma construção visual inspirada por gêneros como punk, o glam metal e gothic-rock muitas vezes misturados à indumentária tradicional japonesa. Musicalmente é impossível defini-lo sem cometer falhas, já que assim como suas inspirações, os gêneros musicais explorados também são diversos.

No Brasil o auge do Visual Kei ocorreu no início dos anos 2000, quando não só os eventos de anime estavam tomados por cosplayers dos músicos japoneses mais populares, covers se tornaram atração principal nessas feiras e até mesmo algumas das principais bandas do movimento passaram por aqui.

Dir en Grey no Maquinária Festival (São Paulo, 2009)
Reprodução: Silvio Tanaka

Infelizmente com o passar do tempo, o visual kei foi perdendo espaço à medida que seus fãs envelheceram, os formatos de eventos voltados para cultura geek mudaram e o novo público que surgia não estava tão interessado por visuais chocantes e rock’n’roll em japonês.

Porém, nos últimos anos estamos acompanhando o retorno de várias tendências e se torna inevitável não sentir-se dentro de um túnel do tempo, sendo levado para cantos da memória jamais esquecidos e outros um tanto traumáticos. 

Conversei com o músico carioca Ricardo Martins (mais conhecido como “Irie”), guitarrista da banda Marsara e organizador do evento Visual Kei Revival que vai acontecer no dia 16 de julho no Rio de Janeiro. Ele nos conta que a ideia surgiu em 2020 com o desejo de lançar músicas do gênero e reunir fãs brasileiros de visual kei de alguma modo, mas com a pandemia seus planos foram frustrados.

Reprodução: Banda Marsara

Por usar muito o Twitter e lá falar majoritariamente do assunto (visual kei)– porque até hoje eu sou muito fã, eu acabei conhecendo muita gente nova e que ainda é entusiasta do movimento, seja gostando de bandas antigas ou até mesmo atuais. A gente tem um sentimento nostálgico e ao mesmo tempo essa “onda” nunca passou pra gente porque vivemos isso todos os dias. Hoje em dia, com mais maturidade e num cenário até melhor em matéria de compreensão pro mundo, acho que pode ser também um grande incentivo pras pessoas não terem medo de julgamentos e fazerem o visual kei do jeitinho brasileiro, com o nosso fenótipo, sendo alternativo e contracultural. Acho que a gente precisa disso também. Incentivo talvez seja a palavra carro-chefe desse Visual Kei Revival. Tem revival de tantas coisas ultimamente e por quê não o do Visual Kei?”, declara o músico.

O evento conta com o show de duas bandas: O primeiro ato é uma jam session entre amigos tocando algumas músicas de bandas brasileiras de visual kei como a Allumina ou a Personna. Já a apresentação principal fica por conta da Lost:Scene, uma banda tributo (a cena perdida) ao visual kei, formada pelos músicos Fábio Mime no vocal (ex. Annelise), Ricardo “Irie” Martins na guitarra (ex. Personna, Allumina, Marsara), Erick na outra guitarra, Guilherme “Ghile” Armelau (Marsara) no baixo, Felipe “Shika” Marques na bateria (Allumina e Marsara).

Visual Kei Revival
Quando: 16 de julho
Onde: AudioRebel – Rua Visconde de Silva 55, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ

Os ingressos estão disponíveis no Sympla.