por Giulia Cardoso
“O Tarô da Morte”: Ótimo para risadas, mas péssimo terror
Imagina sair com seus amigos para uma viagem, encontrar um baralho de tarô macabro e decidir jogá-lo. Agora, imagina descobrir que após a sua leitura você está amaldiçoado?
Texto escrito por: Giulia Cardoso
Imagina sair com seus amigos para uma viagem, encontrar um baralho de tarô macabro e decidir jogá-lo. Agora, imagina descobrir que após a sua leitura você está amaldiçoado? Pois bem, temos aí, a premissa de “O Tarô da Morte”, filme dirigido por Anna Halberg (“Os Mercenários 4”) e Spenser Cohen (“Moonfall”), que estreou nesta última quinta-feira (16/05) nos cinemas.
Tudo neste filme é bem honesto, mas atenção: honesto não significa que é ótimo. Ele apenas entende que vai ser só mais um filme de “shopping center” onde vai reunir a galera adolescente ou aquele casal no primeiro encontro que deseja estabelecer contato físico de forma mais natural.
Ele é realmente ridículo. Na verdade, seu roteiro procura soluções criativas mas não sabe elaborá-las. Seus personagens tem personalidades que cabem perfeitamente em estereótipos do terror, mas que mesmo assim, conseguem ser extremamente esquecíveis e pouco identificáveis (exceto pela garota que lê as cartas de tarô). Até mesmo a motivação da assombração é besta e ultrapassada.
Quanto às mortes, terror e atmosfera, nada assusta. No início elas [as mortes] são escuras, sem sentido e pouco inspiradas, mas no decorrer da trama elas começam a ficar um pouco mais inspiradoras e interessantes de assistir, mas nada de aterrorizante. O terror se limita ao método de Jump Scare que fica ancorado em trilhas altas e sustinhos baratos. Tudo isso somado a um design pouquíssimo criativo dos fantasmas e o sangue quase inexistente faz com que o filme caia muito no conceito de quem procura um terror ótimo
“O Tarô da Morte” é um longa excelente para chamar a galera assistir e dar umas boas risadas mas como obra de cauda longa ele é bem medíocre
O filme já está disponível nos cinemas