por Giulia Cardoso
“Furiosa: Uma saga Mad Max”: Ação e visual dignos de um épico!
O filme consegue trazer uma história de origem e vingança que conquista o seu espectador com facilidade
Em 2015, “Mad Max: Estrada da Fúria” foi um sucesso e ganhou vários prêmios, dentre eles, 6 Oscar´s. Nele a personagem Imperatriz Furiosa (interpretada por Charlize Theron) ganhou destaque. Agora, ela terá seu próprio filme, onde a sua história será contada.
Um longa como esse causa desconforto, já que as chances de dar errado são muitas; ninguém pediu para que ele fosse feito e, prelúdios de grandes histórias, poucas vezes saem do formato engessado (além dos roteiristas sentirem necessidade de encaixar, em um curto período de tempo, todos os acontecimentos da vida do personagem).
Dito isso, “Furiosa: Uma Saga Mad Max” é um filme bom, igual ao seu antecessor, mas ele não chega a ser melhor do que ele. Mantendo a mesma qualidade de design de produção, todo o conceito do mundo criado pelo diretor George Miller (que retorna na direção) permanece ali, intacto e sendo ampliado.
Vemos que os figurinos contam as histórias dos personagens. Inclusive, o Dr. Dementus (vivido por Chris Hemsworth) tem sua história contada através das cores presentes em seu figurino. Quanto mais olhamos, mais detalhes pegamos, se um personagem é dono de um local de balas, suas vestes terão itens que remetem a isso ou até mesmo, se ele tem um objeto de grande carinho esse estará sempre presente em algum lugar da roupa.
Condução da narrativa e atuações
Podemos ver esse longa por dois vieses. Pela perspectiva “história do mundo de Mad Max” (onde se sai muito bem) ou como narrativa de origem para uma personagem de grande importância. Nessa, ele pouco se arrisca, cria personagens novos para não mexer nos que aparecem em ”Estrada da Fúria” e também não tem liberdade para fazer grandes coisas com sua personagem principal.
Furiosa, quase que de forma regrada, tem todos os “check” de suas características icônicas sendo concretizados. Quanto às atrizes, Ayla Browne, que a interpreta quando criança, é bem competente e entrega uma atuação muito focada em suas expressões.
Já a Anya Taylor-Joy pouco tem falas (30 ao total) mas entrega com os seus grandes olhos: raiva, tristeza, indiferença, carinho e outras emoções que transformam sua atuação em algo diferente do que já foi entregue por Charlize Theron, mas mantendo a essência da personagem
Chris Hemsworth, como Dementus, é muito interessante. Ele é um personagem que em sua primeira aparição impõe autoridade, mas ao longo da trama ele se mostra meio canastrão demais. Contudo, ser um líder de uma grande gangue exige certas habilidades como inteligência ou astúcia e Hemsworth solta isso aos poucos. As vezes de maneira inconsistente, mas mesmo assim acaba “passando de ano” (Diferente daquele nariz dele, que você acostuma a força)
O saldo final de “Furiosa: Uma Saga Mad Max” é positivo demais. Sendo um longa excelente e cheio de ação, ele conquista o espectador e entrega uma história de vingança e origem satisfatória o suficiente para prender por 2 horas e 28.
O longa já se encontra disponível nos cinemas