por Andreza Delgado
‘Entergalactic’ celebra o amor negro e as novas possibilidades nas animações
Entergalactic é a nova animação que estreou na Netflix! Criada por Kid Cudi e Kenya Barris, o filme, que vem carregado de identidade própria, tem como “lição” final a chance para o amor no inesperado. Não é todo dia que somos agraciados com uma animação que sustenta o enredo de duas pessoas negras apaixonadas e […]
Entergalactic é a nova animação que estreou na Netflix!
Criada por Kid Cudi e Kenya Barris, o filme, que vem carregado de identidade própria, tem como “lição” final a chance para o amor no inesperado.
Não é todo dia que somos agraciados com uma animação que sustenta o enredo de duas pessoas negras apaixonadas e que não perpassa traumas de violência racial. Entergalactic é o oásis apaixonante para os olhos e coração. Com a própria voz de Cudi dando vida a Jabari e suas músicas como trilha, um elenco de peso vem para dublagem com Jessica Williams, Jaden Smith e Timothée Chalamet.
A animação, que também leva o nome do disco de Cud, é um deslumbre por si só! E nos brinda com homenagens a Virgil Abloh, que desenhou várias roupas que aparecem na animação antes do seu falecimento.
Obviamente, é indiscutível que o trabalho de trazer o 2D e elementos desenhados a mão para a animação lembra Spiderverso! Mas só lembra mesmo, porque o enredo definitivamente não é para criança, pois traz sexo e drogas, que se misturam a fumaças psicolodélicas tão bem alinhadas a sombras retalhadas e a mistura de elementos, que também traz um toque refinado para direção de arte.
Acompanhamos o romance de Jabari e Meadow numa trama que nos presenteia com elementos da arte negra e urbana, enquanto nos apresenta a história em pequenos cortes e transições cheias de cores e com uma trilha sonora inédita e tocante de Cudi, que captura emoções 100% genuínas.
Entergalactic é bom porque brinda o imaginário do amor negro, mas também resgata a ideia de que animações não podem ser plásticas e preguiçosas, como tudo que temos de mais do mesmo no mercado.
Com alegorias aos novos dilemas do amor, brindamos com os olhos as novas possibilidades no que tange não só a arte, mas a representação negra.