por Marcos Marques
Dia do Gamer: A cultura gamer ao longo dos anos
Hoje, dia 29 de agosto, é comemorado o Dia Internacional do Gamer. Você se lembra da primeira vez que segurou um controle de videogame na mão? Ou da primeira vez que jogou um jogo completo? Algum game que você já zerou? A cultura de jogar jogos eletrônicos é algo que sempre esteve presente na nossa […]
Hoje, dia 29 de agosto, é comemorado o Dia Internacional do Gamer.
Você se lembra da primeira vez que segurou um controle de videogame na mão? Ou da primeira vez que jogou um jogo completo? Algum game que você já zerou?
A cultura de jogar jogos eletrônicos é algo que sempre esteve presente na nossa sociedade, principalmente nos anos 90 quando videogames como Super Nintendo e Mega Drive começaram a ser populares. Além desses consoles, o Game Boy, Atari e até as máquinas de fliperama faziam um grande sucesso, obviamente por serem revolucionários para a época.
Nos anos 2000 a Playstation dominava o cenário de consoles, principalmente por conta da popularização do Playstation 1, lançado em 1994, mas que se popularizou bastante no Brasil nessa época. Anos depois era lançado o tão aclamado Playstation 2, game que revolucionou uma geração e me arrisco a dizer que foi o primeiro grande contato de muitas pessoas que eram crianças e adolescentes na época.
O Playstation 2 é o console mais vendido do mundo com mais vendido do mundo com mais de 157 milhões de unidades vendidas.
Muito da popularização do Playstation veio devido ao fácil acesso do console através das Lan Houses, quando era possível gastar pouco para jogar. Outro fator importante que ajudou na popularização dos games foi a pirataria, quando você podia comprar muitos jogos por um valor bem barato, algo que não era possível quando se comprava o produto original.
Além do console, outro fator importante que fez as pessoas terem um fácil acesso aos games foi o smartphone. A chegada de novos celulares fez com que o público começasse a encontrar outros meios para se divertir, afinal, os consoles já estavam ficando mais caros e as pessoas já não conseguiam mais ter acesso aos videogames.
Todos se lembram do Candy Crush, né? O game de puzzle foi lançado em 2012 e se tornou uma febre no Brasil, principalmente entre o público mais velho. O site Super Interessante fez um artigo citando 5 curiosidades que explicam o vício em Candy Crush, explicando os motivos do jogo ser um sucesso.
A popularização dos jogos no celular se mostraram mais firmes quando o Pesquisa Game Brasil fez um estudo que comprova que o smartphone ainda é a plataforma mais popular para jogos no Brasil, destacando que as mulheres são a maioria nela com 60,4%, enquanto que homens são os que mais jogam nos consoles (63,9%) e PC (58,9%).
Outro jogo que ainda é uma febre no Brasil é o Free Fire, battle royale jogo desenvolvido pela empresa vietnamia 111dots Studios e publicado pela Garena. O game lançado em 2017 se tornou um grande sucesso no Brasil. O Free Fire possibilitou que pessoas de periferia pudessem consumir o jogo, tanto que, não demorou muito para que o game se tornasse competitivo no eSports, a competição profissional de jogos eletrônicos.
Em 2021, o Free Fire teve mais de 150 milhões de usuários ativos nos servidores do game. Mas antes do sucesso do game, o Counter Strike era um jogo bastante popular nas Lan Houses do Brasil.
Campeonatos como a Copa das Favelas reuniram meninos e meninas da periferia para uma competição profissional de Free Fire. O projeto foi criado para que permitir que jogadores de periferias sejam inseridos no eSports.
O Free Fire é importante por ser um jogo que roda em qualquer celular, fazendo com que mais crianças da periferia tenham mais acesso ao game. Hoje um PC game é muito caro, e os smartphones possibilitam as pessoas a jogarem jogos mais acessíveis.
Andreza Delgado, uma das organizadoras do Copa das Favelas
Por incrível que pareça ainda existem pessoas que questionam umas às outras o que a torna gamer, mas ao mesmo tempo, não dá pra limitar o que faz alguém ser gamer. Acredito que a cultura dos jogos ultrapassou muitos patamares. Tem quem acredite que para ser gamer você precisa ter um PC mega atualizado, que rode jogos que exigem grandes gráficos ou um console de última geração como o Playstation 5.
O fato é que todo mundo pode ser gamer, desde a avózinha jogando Candy Crush até um jogador profissional de eSports, até porque, o que une esse comunidade é a paixão e vibração de ficar vidrado em um game favorito, passar horas tentando alcançar uma patente na ranqueada ou até mesmo se emocionar com jogos que contam uma bela história.
Arte da capa por Rachid Lotf.